Em comunicado, o Comando Territorial de Évora da GNR indicou que as descargas ilegais foram detetadas, na terça-feira, durante uma fiscalização do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) que contou com a colaboração da Câmara de Vendas Novas.
Os elementos do SEPNA fiscalizaram seis estações elevatórias e em duas delas detetaram que "estavam em processo de rejeição de águas degradadas, diretamente para a linha de água/solo, sem qualquer tipo de mecanismo de depuração", adiantou.
Segundo a GNR, foram elaborados dois autos de notícia por contraordenação ambiental, os quais foram enviados à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade administrativa competente.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, indicou que neste concelho alentejano existem sete estações elevatórias, que são geridas pela empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA).
"Por vezes, há situações de 'bypass', ou seja, as estações elevatórias, por alguma razão, não têm capacidade de escoamento e uma quantidade de águas residuais é rejeitada, momentaneamente, para as linhas de água", salientou.
Desconhecendo, em concreto, o que provocou estas descargas, o autarca apontou como causa provável para o mau funcionamento das estações elevatórias a quantidade de lixo nas águas residuais que se acumula e danifica os equipamentos.
"Já identificámos melhorias que têm que ser feitas e a AgdA está a comprar material novo para grande parte das estações e a fazer reparações. Contamos que, até final do ano, os equipamentos das estações estejam a trabalhar corretamente", acrescentou.
A Lusa também contactou a AgdA, que remeteu declarações sobre o assunto para mais tarde.
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