"Hoje o dia é dedicado à Marinha. Nós estamos a falar de drones, que são, em muitos casos, desenvolvidos e construídos na Marinha. E que são também, depois, grandes oportunidades de negócio, através de uma indústria na área da defesa, que nós queremos desenvolver", disse Nuno Melo.
O ministro da Defesa falava aos jornalistas durante uma visita ao dispositivo das Forças Armadas no âmbito da vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais na zona da Arrábida, no concelho de Setúbal, enaltecendo as ações de prevenção de incêndios pelos três ramos das Forças Armadas.
"Esse esforço na investigação, na conceção, na utilização, é desenvolvido no próprio ramo. E isso é notável", acrescentou Nuno Melo, assegurando que esta área da prevenção de incêndios também acaba por beneficiar do reforço do investimento nas Forças Armadas, que promete continuar com o objetivo de se atingir os 2% do PIB em 2029.
Depois das visitas realizadas nos últimos dias aos meios do Exército na região da Marinha Grande e da Força Aérea no aeródromo da Lousã, Nuno Melo inteirou-se hoje das capacidades militares da Marinha na vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais, no âmbito do Plano de apoio ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), Plano de apoio à Diretiva Integrada de Vigilância e Deteção de Incêndios Rurais (DIVDIR) e pelos Protocolos com o Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e com autarquias locais.
Acompanhado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, e pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, que acompanharam uma ação de patrulhamento dos militares da Marinha, o ministro da Defesa disse que houve "muitos anos de desinvestimento nas Forças Armadas", de que é preciso recuperar.
"Como prioridade estabelecemos as pessoas, os homens e mulheres das Forças Armadas, como aqueles que primeiro deveriam ver essa ação da tutela", disse Nuno Melo, lembrando que o atual governo se deparou, com um conjunto de problemas no setor, que tinham a ver com a dignidade da condição militar, com salários e com a pressão do mercado sobre militares altamente especializados, dando como exemplo os militares envolvidos na construção e operação de drones.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, lembrou que o seu ministério tem cerca de 2.000 pessoas do ICNF envolvidas na prevenção de incêndios e que, além disso, contribui com 4 milhões de euros para a prevenção de incêndios da GNR, e de 1,2 milhões de euros para as operações das Forças Armadas.
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