Segundo o comunicado hoje enviado pela AGIF, os dois especialistas, em representação da agência e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), vão estar no Pantanal, na região do Mato Grosso do Sul, no Brasil, entre 10 e 21 de agosto.
"A 17 de agosto junta-se à AGIF e ao ICNF, um elemento da Polícia Judiciária (PJ), que vai colaborar até ao final do mês, com especialistas brasileiros na metodologia de determinação de causas de incêndios e estudo de casos", refere-se no comunicado.
A missão pretende permitir a "identificação de estratégias de supressão dos incêndios ativos e na análise integrada do uso do fogo neste território".
"As situações de seca, previsões meteorológicas e o crescente número de focos de calor no Pantanal (e noutras regiões brasileiras) permitem antever um período bastante complicado, em que os incêndios estão cada vez mais intensos e frequentes, comprometendo a capacidade de regeneração dos ecossistemas da região", acrescenta o comunicado.
A AGIF esclarece que a missão de colaboração, a convite do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - Prevfogo se enquadra num memorando de entendimento entre a agência e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), assinado em 2023.
De acordo com dados oficiais, durante o primeiro semestre deste ano, o fogo na região consumiu cerca de 500 mil hectares do Pantanal, a maior zona húmida do mundo, partilhada pelo Brasil, Bolívia e Paraguai, que alberga uma imensa e rica biodiversidade.
De acordo com as autoridades, a grande maioria dos focos de incêndio registados nos últimos meses no Pantanal teve origem em propriedades privadas, onde é tradicional atear fogo para preparar a terra para o plantio.
No final de julho, o Presidente do Brasil, Lula da Silva, sobrevoou a região afetada pelos incêndios, onde ainda continuavam ativos alguns focos.
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