Uma reportagem recente do New York Times sobre a forma como a linguagem extremista na internet pode desencadear conflitos perigosos levou a que o YouTube eliminasse a conta do Grupo 1143 da sua plataforma de vídeos.
A publicação norte-americana começa a reportagem, inclusive, por falar sobre a 'teoria da substituição' que começou a circular nas redes sociais portuguesas e que levou a vários protestos espontâneos em alguns pontos do país.
"As publicações nas redes sociais que atacam os imigrantes fomentaram um clima de medo e ódio no Reino Unido, em Portugal e noutros países. A linguagem vitriólica está agora a passar também para as ruas", escreve o jornal.
Reportagem usa caso português para ilustrar como o discurso online 'salta' para a vida real© New York Times
Na sequência desta reportagem, o New York Times terá questionado várias plataformas sociais sobre o tipo de discurso que está a ser propagado nas suas plataformas. Em resposta, o Youtube acabou por bloquear a conta do Grupo 1143, grupo extremista que organiza os protestos em Portugal.
"Qualquer conteúdo que promova a violência ou encoraje o ódio às pessoas com base em atributos como a etnia ou o estatuto de imigração não é permitido na nossa plataforma", disse a empresa, "e estamos empenhados em remover esse conteúdo o mais rapidamente possível".
O neonazi Mário Machado já reagiu à suspensão e, através da rede social X, acusou a 'Esquerda mundial' de “tentar silenciar a maior organização nacionalista portuguesa dos últimos 50 anos”.
New York Times pede ao Youtube para suspender a conta de youtube do @Grupo1143 e esta é censurada.
— Racismo Contra Europeus (@racismocontrapt) August 12, 2024
A Esquerda mundial está de forma organizada a tentar silenciar a maior organização nacionalista portuguesa dos últimos 50 anoshttps://t.co/b54Bu87k9b
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