Estradas e equipamentos na Madeira sem "grandes danos" após incêndio
O secretário dos Equipamentos da Madeira, Pedro Fino, revelou hoje que não existem "grandes danos" nas estradas e infraestruturas da região devido ao incêndio que lavra desde quarta-feira na ilha, depois de uma ronda pelas zonas afetadas pelo fogo.
© Reprodução/Governo Regional da Madeira
País Incêndios
"Felizmente, não constatámos grandes danos", diz Pedro Fino, citado num comunicado divulgado pela Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, depois de ter realizado uma ronda para verificar o estado das infraestruturas e estradas regionais.
Na nota é referido que o governante esteve na Serra de Água, no município da Ribeira Brava, e no sítio da Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, dois dos locais mais fustigados pelo fogo.
Um dos equipamentos que "inspirava grande preocupação" era a Central Hidroelétrica da Serra de Água, no concelho da Ribeira Brava, mas "não apresenta danos de maior", lê-se no documento.
Pedro Fino indica ainda que grande parte das estradas regionais estão encerradas "apenas por precaução", mas recomenda à população que não se desloque para zonas com frentes de fogo ativas, nomeadamente o Paul da Serra, o único planalto da Madeira.
O governante revela também que se regista a queda de algumas pedras em diversas vias, estando a direção regional de Estradas a limpar os locais.
Na Fajã das Galinhas, na freguesia do Curral das Freiras, os peritos do Laboratório Regional de Engenharia, em colaboração com o Serviço Regional de Proteção Civil, estão a efetuar uma avaliação do talude para aferir da segurança para as famílias que foram retiradas poderem regressar às suas casas, é ainda indicado na nota.
"Pedimos a todas as pessoas que circulam nas estradas o máximo de cuidado porque os taludes sobranceiros às estradas regionais e municipais podem apresentar alguma instabilidade devido aos incêndios, não só agora, mas também quando chover", insiste Pedro Fino.
O secretário acrescenta que "os serviços irão proceder a avaliações para avaliar o estado das zonas afetadas e garantir a segurança das populações".
Ainda segundo Pedro Fino, a Eletricidade da Madeira (EEM) já fez uma avaliação aos danos provocados pelo fogo, para repor a energia nas zonas afetadas.
O incêndio rural deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de feridos ou de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
O fogo mobiliza perto de duas centenas de operacionais (inclusive do continente e dos Açores) e algumas dezenas de viaturas, além do meio aéreo do arquipélago, com as atenções centradas sobretudo nos concelhos da Ribeira Brava e da Ponta do Sol.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.
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