Fogo na Ponta do Sol está contido em zonas distantes de habitações
O incêndio que lavra desde domingo no concelho da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha da Madeira, está contido em zonas distantes de habitações, indicou hoje a presidente da Câmara Municipal, Célia Pessegueiro.
© Lusa
País Madeira
"Na freguesia da Ponta do Sol, tanto a Lombada, como no Monte, não houve descida do fogo [pelo vale da ribeira], está a conseguir ser contido, pelo menos até ao momento", disse a autarca, adiantando que no Paul da Serra os bombeiros estão também a tentar travar o incêndio na zona das Rabaças.
Falando à agência Lusa na zona alta do sítio da Lombada, cerca das 16h40, Célia Pessegueiro explicou que o incêndio lavra dos dois lados da ribeira da Ponta do Sol, mas bastante distante de moradias.
Nesta área, o fogo está a ser combatido também com recurso ao helicóptero do Serviço Regional de Proteção Civil, o único meio aéreo disponível na região autónoma.
Por outro lado, o Serviço Municipal de Proteção Civil está a dar apoio logístico aos bombeiros no terreno com as refeições, água e combustível, ainda segundo a autarca.
Célia Pessegueiro adiantou também que o encerramento da Levada dos Moinhos e da Levada Nova, dois percursos muito procurados por turistas, foram as únicas medidas excecionais tomadas pela autarquia, na medida que se situam numa das encostas da ribeira, havendo o risco de queda de pedras.
"Encerramos já ontem [domingo] temendo que hoje de manhã não tivéssemos mãos a medir", explicou, lamentando o facto de alguns turistas não respeitarem a sinalização.
"Os visitantes deveriam respeitar [a sinalização], ainda para mais vendo este cenário de fumo e sabendo que há fogo na ilha", salientou.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de feridos ou destruição de casas e infraestruturas essenciais.
O fogo mobiliza perto de duas centenas de operacionais (inclusive do continente e dos Açores) e algumas dezenas de viaturas, além do meio aéreo do arquipélago, com as atenções centradas sobretudo nos concelhos da Ribeira Brava e da Ponta do Sol.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.
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