Foi, esta sexta-feira, detetado o primeiro caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) em Portugal, confirmou a Direção Geral da Saúde (DGS), num comunicado enviado, esta sexta-feira, ao Notícias ao Minuto. O paciente, um homem com mais de 80 anos, morreu.
"O caso, num indivíduo com mais de 80 anos de idade, de nacionalidade e naturalidade portuguesa, residente no distrito de Bragança, que realizou atividades agrícolas durante o período de incubação, teve início de sintomas a 11 de julho de 2024, tendo sido admitido no Hospital de Bragança por sintomatologia inespecífica e acabou por falecer", adianta a DGS na nota.
A autoridade explicita ainda que "as amostras biológicas foram testadas, post mortem, para vários agentes, incluindo o vírus da FHCC, com resultados positivos a 14/08/2024, pelo laboratório de referência nacional - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)."
Atividades em zonas propícias ao risco? As recomendações
Neste âmbito, a Direção-Geral da Saúde deixou medidas de prevenção que a população que pode estar a correr riscos deverá tomar.
"Face à deteção deste caso, salienta-se a importância da adoção de medidas da prevenção da picada de carraças, pelo que, aquando das atividades na natureza em zonas propícias ao risco de exposição a carraças, recomenda-se:
- Utilização de roupas de cores claras para que as carraças possam ser vistas e removidas mais facilmente;
- Uso de vestuário de mangas compridas, calças compridas e calçado fechado;
- Poderá ser, também, equacionada a utilização de repelente de insetos no
vestuário e proteger a pele com produtos que contenham DEET (N,N-dietilm-toluamida), em áreas de risco; - Em passeios no campo, caminhar, se possível, pela zona central dos caminhos, para evitar o contato com a vegetação, devendo verificar a roupa e o corpo relativamente à presença de carraças, após atividades na natureza;
- Inspecionar a roupa, a pele e o couro cabeludo no regresso de atividades no campo, e remover eventuais carraças. Se estas estiverem agarradas, deve recorrer aos serviços de saúde para que sejam retiradas de forma adequada e ficar atento ao aparecimento de sinais e sintomas, devendo ligar para o SNS24 para ser orientado para serviços de saúde com sinalização prévia".
No comunicado, a DGS frisa ainda que, "comprometida com a transparência e a comunicação oportuna, esclarece que não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa, evidenciando que se trata de um caso raro e esporádico".
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