OE quer expulsar enfermeira que matou jovem no Algarve em 2020

Mariana Fonseca, que agiu em coautoria com a namorada Maria Malveiro, está a ser alvo de um "processo disciplinar" da entidade, que tinha sido "suspenso a aguardar decisão judicial no âmbito do processo-crime".

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Daniela Carrilho
02/09/2024 12:49 ‧ 02/09/2024 por Daniela Carrilho

País

Crime

A Ordem dos Enfermeiros (OE) reabriu o "processo disciplinar" contra Mariana Fonseca, a jovem que foi condenada pelo homicídio de Diogo Gonçalves, em coautoria com a namorada, em março de 2020, apurou o Notícias ao Minuto junto da entidade.

 

"Encontra-se a correr termos um processo disciplinar contra o membro em questão, que foi suspenso a aguardar decisão judicial no âmbito do processo-crime. Nesta altura, a suspensão já foi levantada e encontra-se, novamente, a correr termos", revelou o Conselho Jurisdicional da OE, em resposta ao pedido de esclarecimento do Notícias ao Minuto.

O processo que se encontra (novamente) em curso "teve origem numa iniciativa da própria Ordem dos Enfermeiros" que teria assumido "a posição de queixosa" na altura dos factos. Este trata-se do mesmo processo anterior que teria sido suspenso.

"Não houve qualquer queixa adicional, nem corre termos qualquer outro processo disciplinar contra" Mariana Fonseca, esclarece a OE.

Após ter sido absolvida, em abril de 2021, no âmbito da morte e esquartejamento de um jovem no Algarve, a enfermeira Mariana Fonseca foi condenada pelo Tribunal da Relação de Évora a 25 anos de prisão, equivalente à pena máxima, em julho do ano passado.

Recorde o caso

A par de Maria Malveiro, segurança de 20 anos, Mariana Fonseca, na altura com 24 anos, estava acusada dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo na sequência deste caso.

Segundo a SIC Notícias, as duas jovens eram um casal e tinha o objetivo de apoderar-se de uma indemnização de 70 mil euros que a vítima, que era engenheiro informático, tinha recebido pelo atropelamento mortal da mãe, em Albufeira, no ano de 2016.

O Ministério Público (MP) explicou que as arguidas "terão ido a casa da vítima", em Silves, "onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para o adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até o matarem". No local, roubaram vários "objetos de valor", tendo depois levado o jovem, "no seu próprio carro", até à habitação das arguidas, em Lagos.

A 21 de março, o casal desmembrou "o cadáver da vítima" e guardaram as várias partes em diferentes sacos do lixo, que nos dias seguintes "atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira".

A detenção das duas mulheres deu-se após as autoridades terem encontrado partes do corpo do jovem nessas localidades. Maria Malveiro tinha já sido condenada, em 2021, à pena máxima, mas acabou por suicidar-se na cadeia.

A pena agora aplicada a Mariana Fonseca, inicialmente avançada pelo JN, surge na sequência de um recurso interposto pelo MP.

Leia Também: Preventiva para sobrinho suspeito de roubo e homicídio da tia em Peniche

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