De acordo com os dados do Instituto da Segurança Social (ISS), em julho havia 14.941 cuidadores informais, entre 9.201 cuidadores principais e 5.732 cuidadores não principais.
Segundo o ISS, o número total representa um crescimento de 1,6% em relação ao mês de junho, e de 21% quando comparado com o período homólogo.
Entre os dois tipos de cuidadores, foram os cuidadores informais não principais que registaram o maior aumento, com mais 23% do que em julho de 2023 e 2,5% do que em junho deste ano.
O cuidador informal principal abrange o cônjuge ou unido de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha reta ou da linha colateral da pessoa cuidada, que acompanha e cuida desta de forma permanente, que com ela vive em comunhão de habitação e que não aufere qualquer remuneração de atividade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada.
O cuidador informal não principal inclui os cônjuges ou unidos de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha reta ou da linha colateral da pessoa cuidada ou quem não tendo laços familiares viva em comunhão de habitação com a pessoa cuidada, que acompanha e cuida desta de forma regular, mas não permanente, podendo auferir ou não remuneração de atividade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada.
Apenas os cuidadores principais podem requerer o respetivo subsídio, que está ainda dependente dos rendimentos do agregado, pelo que apenas 5.340 cuidadores principais receberam a prestação, cujo valor médio foi de 351,30 euros.
Significa que mais de metade (57,9%) dos cuidadores principais teve direito ao subsídio.
Os dados do ISS mostram que, entre os 14.940 cuidadores, 61,6% têm o estatuto de cuidador principal, 84,4% são mulheres, com idade média de 58 anos, mas com uma concentração significativa na faixa etária dos 50 aos 59 anos (5.166 pessoas).
A maioria dos cuidadores (14.472) está apenas responsável por uma pessoa, mas há 468 casos de cuidadores que têm mais do que uma pessoa a cargo.
Na perspetiva da pessoa cuidada, o ISS adianta que há 15.207 pessoas, 54,8% das quais mulheres, com idade média de 62 anos, mas com mais de metade (8.626) concentrada na faixa etária acima dos 65 anos.
De entre as pessoas cuidadas, 15.152 têm um cuidador e as restantes 55 têm mais do que uma pessoa a cuidar delas.
Hoje, completam-se cinco anos da aprovação na Assembleia da República do Estatuto do Cuidador Informal (ECI).
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