A greve de duas horas por turno, nos dias úteis, que começou esta semana em centros de saúde e hospitais (consultas externas, internamentos e serviços de imagiologia e de outros exames de diagnóstico ou de terapêutica) teve uma adesão baixa, mas que o sindicato diz ser expectável.
A presidente da ASPE, Lúcia Leite, salientou tratar-se de uma greve atípica, convocada para os profissionais dos serviços de saúde onde normalmente é mais difícil fazer greve, porque são serviços que recebem doentes crónicos, que estão mais tempo internados e são conhecidos dos enfermeiros.
Lúcia Leite reforça que a greve se vai manter até que sejam cumpridos os objetivos estabelecidos, nomeadamente em termos de negociações salariais com o Governo, razão pela qual acredita que a greve vai perdurar durante os próximos meses, uma vez que o sindicato não têm expectativa de uma verdadeira negociação salarial com o Governo.
A paralisação dos profissionais está prevista ocorrer no turno da manhã, entre as 09:30 e as 11:30, e no turno da tarde, entre as 16:30 e as 18:30, estando garantidos serviços mínimos para a prestação de cuidados de enfermagem urgentes e inadiáveis por duas horas, bem como para tratamentos em curso de quimioterapia, radioterapia, administração de sangue e derivados e antibioterapia.
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