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"Concertação". Marcelo e Montenegro já negoceiam sucessor de Lucília Gago

O Governo vai "propor", o Presidente da República vai "nomear" e daí a relação de "concertação" entre ambos para eleger a pessoa que vai passar a liderar a Procuradoria-Geral da República, segundo disse o primeiro-ministro.

"Concertação". Marcelo e Montenegro já negoceiam sucessor de Lucília Gago
Notícias ao Minuto

10:04 - 07/09/24 por José Miguel Pires

País PGR

Aproxima-se, cada vez mais, o 11 de outubro, dia em que, para muitos, poderá ser só mais uma sexta-feira, mas, para a Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, significará o fim do seu mandato à frente da instituição

 

Assim, a data é de maior importância, tanto para Gago como para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e também para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a quem cabe apontar um sucessor à frente da PGR.

Aos jornalistas, no Palácio de Belém, à margem da Festa do Livro, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, na próxima semana, vão ser iniciadas oficialmente as conversas com o chefe do Governo, para "começar a apreciar" o caso.

Recusou, no entanto, apontar qualquer nome, afirmando apenas que será Montenegro a decidir se "a proposta é partilhada com outros partidos ou não" ou se só a "solução final" é que será partilhada. "Não falta muito tempo", prometeu o Presidente.

O chefe de Estado sublinhou que manter Lucília Gago no cargo "está fora de questão", até porque "seria contra a lei".

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou ainda que já sabe o "perfil" que pretende para a sucessão na PGR, mas rejeitou partilhar as suas caraterísticas com os jornalistas. "Só faltaria eu estar a comunicar ao primeiro-ministro através da televisão o que é que penso sobre a matéria", ironizou.

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O Presidente apontou, contudo, que renovar o mandato de Lucília Gago "está fora de questão", já que seria "contra a lei".

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Luís Montenegro, por sua vez, argumentou que, como "o Governo tem a capacidade de propor, mas o Presidente da República tem a capacidade de nomear", será "sempre numa relação de concertação que essa e outras matérias são percorridas e depois decididas".

"Mesmo quando não há esse enquadramento institucional aquilo que tem acontecido é que nós partilhamos a nossa visão, posições nos encontros que temos e têm sido muitos como sabem", disse, em Espinho, após votar na eleição direta para a liderança do partido, à qual é recandidato (e candidato único).

O primeiro-ministro garantiu, também, que o diálogo sobre a sucessão de Lucília Gago na PGR com o Presidente da República "já começou".

A atual Procuradora-Geral da República iniciou o seu mandato - de seis anos - a 12 de outubro de 2018, e é apontada como uma das principais protagonistas da queda do Governo do antigo primeiro-ministro António Costa, que viu o seu nome envolvido na Operação Influencer, através de um comunicado publicado pela PGR.

À 'festa' juntou-se o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, considerando que "é muito importante que o próximo ou a próxima Procuradora-Geral da República tenha a capacidade de liderança e a capacidade de comunicação, entre outras".

Na Feira de São Mateus, em Viseu, o líder socialista rejeitou falar em nomes, no entanto, recordando que o processo de escolha e nomeação de um novo Procurador-Geral da República cabe ao Governo e à Presidência da República.

Leia Também: PS e Governo "em sintonia" quanto ao perfil do futuro PGR

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