"Neste momento temos fora cinco viaturas e 22 bombeiros, dos quais três viaturas e 14 bombeiros em Gondomar e em Vale de Cambra duas viaturas e oito bombeiros", disse à Lusa o tenente-coronel Carlos Marques.
De acordo com o responsável, em causa está a "proteção dos aglomerados populacionais e também de zonas industriais" no chamado "interface urbano-florestal".
"Nós não fazemos combate a incêndios florestais propriamente ditos, fazemos a defesa dos aglomerados populacionais e zonas industriais", algo que irá acontecer em "Gondomar, na Foz do Sousa, aldeia do Covelo".
Vários idosos foram retirados, cerca 9:15, das suas casas em Covelo, no concelho de Gondomar, pela GNR, devido ao avançar de um incêndio, testemunhou a Lusa no local.
A situação ocorreu no lugar de Serra, num local onde, na altura, não havia bombeiros a combater o incêndio e visou proteger os idosos do avanço das chamas do fogo que na última madrugada chegou por Aguiar de Sousa, no concelho de Paredes, a Branzelo, em Gondomar.
No lugar há cerca de 50 casas rodeadas por um pinhal, estando o combate a ser feito pelos moradores.
"A nossa principal preocupação é defender as habitações", referiu o comandante dos Sapadores à Lusa.
Nos locais de ocorrências, as populações devem "respeitar as autoridades que estão no local".
"Se as autoridades estão a mandar evacuar uma aldeia ou o que quer que seja, as pessoas têm que respeitar e abandonar as suas habitações, porque a sua própria segurança está em primeiro lugar", reforçou.
Os Sapadores do Porto garantem que, apesar da deslocação de meios para outros concelhos, está garantido pessoal para "o socorro ao município do Porto, porque continua a haver ocorrências".
"Dentro da nossa capacidade, e também ao abrigo da responsabilidade permanente, vamos chamando pessoas que estão de folga para fazer esse serviço, e vamos reorganizando internamente para responder a todas as solicitações", referiu.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região Norte e Centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
Hoje de manhã, cerca das 09:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou mais de 140 ocorrências, envolvendo mais de 5.000 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres e 21 meios aéreos.
A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
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