À saída de uma reunião presidida pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, disse aos jornalistas que, após esse levantamento, o Governo irá definir os apoios aplicáveis, em diálogo com as autarquias.
"Da parte do Governo há disponibilidade em nos ajudar, seja ao município, seja aos particulares e às empresas que sofreram com estes fogos", disse.
Cabe às autarquias "trabalhar no sentido de fazer o levantamento de tudo o que está ardido, das habitações e das empresas", acrescentou.
Segundo Pedro Lobo, "é fundamental agilizar a recuperação".
"As empresas que arderam é fundamental que comecem a elaborar o mais depressa possível", referiu.
O autarca referiu-se concretamente à Zona Industrial das Talhadas, onde a intensidade das chamas impediu o acesso durante a madrugada, e que deverá visitar durante a tarde acompanhando o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
"Vamos encontrar-nos já hoje na Zona Industrial de Talhadas no sentido de perceber qual é o rumo que temos que tomar a partir de agora", revelou.
Pedro Lobo referiu não existirem ainda condições para fazer o levantamento dos prejuízos porque existem ainda "muitos focos" de incêndio ativos no município.
"Assim que terminar esta situação do incêndio, nós começamos imediatamente a fazer o levantamento e há o compromisso da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) nos ajudar a fazer um levantamento de todas as necessidades e de todas as vias afetadas, para, juntamente com o Governo, perceber que apoios é que podemos ter", explicou.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro.
Hoje de manhã, cerca das 09h30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou mais de 140 ocorrências, envolvendo mais de 5.000 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres e 21 meios aéreos.
A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
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