"Neste momento, temos quatro populações isoladas: as mais pequenas da freguesia de São Martinho das Moitas, uma das freguesias mais distante e pequena do concelho, e ainda a aldeia de Fujaco, na freguesia do Sul", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.
O autarca contabilizou que, ao todo, "devem ser um pouco mais de 20 pessoas, todas com mais de 40 anos, que estão a ser acompanhadas, da forma possível, pelas equipas de proteção civil municipal".
"Até ao momento não há informação de que haja algum problema e estamos com cinco veículos pesados no combate aos incêndios nesta zona onde as pessoas estão isoladas, ou seja, é onde estamos a fazer um reforço dos meios precisamente para que essas pessoas possam sair o mais rápido possível", sublinhou.
O autarca acrescentou que as escolas vão manter-se encerradas na quinta-feira, até porque "há várias estradas cortadas no concelho" e "há a necessidade de evitar deslocações".
O incêndio, que entrou ao início da noite de terça-feira no concelho de São Pedro do Sul, depois de ter começado em Castro, Daire "está com cinco frentes ativas e com grande intensidade, e já provocou ferimentos a um bombeiro, de Vouzela, que terá partido um pé e foi para o hospital".
Este incêndio nasceu no concelho de Castro Daire, com origem pelas 21h23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões, e pelas 15h30 de hoje mobilizava 415 operacionais, apoiados por 122 veículos e oito meios aéreos.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
Leia Também: Castro Daire regista dois incêndios e várias frentes ativas