"Tudo aquilo que for possível, nós vamos pedir", disse, em declarações aos jornalistas à margem do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia (UE), que hoje decorre em Bruxelas.
José Manuel Fernandes especificou que antes de avançar antes de haver "uma contabilização [dos estragos], que está em curso".
"As equipas estão todas a fazer um esforço brutal para sabermos essa contabilização, que poderá inclusivamente vir a acionar o fundo de solidariedade da União Europeia", acrescentou, sublinhando que a avaliação será feita "no mais curto período de tempo".
O ministro adiantou ainda que o Fundo de Solidariedade da UE é atribuído dez semanas após a catástrofe ocorrer, estando Portugal dentro do prazo para pedir a sua mobilização, mas requer que o prejuízo seja superior a 3.000 milhões de euros ou 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, explicou: "Não vamos ficar à espera dos fundos para atuar", até porque a mobilização do Fundo de Solidariedade "depende do volume dos estragos".
Em relação à reserva agrícola de crise, o governante destacou que esta "tem uma limitação financeira", de 450 milhões de euros anuais, lembrando que Portugal tem defendido o aumento da sua dotação financeira".
Sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas na semana passada.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental entre 14 e 20 de setembro ultrapassa os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios dos últimos dias e hoje dia de luto nacional.
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