O primeiro-ministro, Luís Montenegro, salientou sentir um "grande reconhecimento e gratidão a todos os parceiros sociais" que contribuíram para o novo acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028, assinado esta terça-feira, tendo realçado o "espírito de missão e de concertação" da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.
"Só quando há boa fé e sentido de responsabilidade é que os processos negociais podem ter sucesso", começou por realçar o chefe do Governo, numa aparente 'farpa' contra o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, o principal líder da oposição que lhe tem dado 'dores de cabeça' nas conversações sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Montenegro foi mais longe, tendo assegurado ser "óbvio que este não é um acordo totalmente abrangente no que diz respeito ao caminho da firmação de uma economia mais competitiva e produtiva, que gere a riqueza suficiente para pagar melhores salários de forma permanente e duradoura", mas que o período temporal concedido foi "curto".
"O Governo iniciou funções em abril, iniciou, logo no mês seguinte, o trabalho na concertação social, e teremos, agora, muito tempo, não só para implementar este acordo, [mas para] continuar a afirmar os compromissos que vêm dos acordos anteriores e para chegar a novas plataformas de entendimento, que possam ser geradoras de maior capacidade para a nossa economia crescer", disse.
Ainda assim, o primeiro-ministro fez questão de sublinhar que o acordo firmado "é extraordinariamente importante", já que "valoriza o trabalho". Transmite, por isso, "uma mensagem que é muito importante vincar para termos mais capital humano, mais capacidade de retenção e capacidade de sermos produtivos".
Sublinhe-se que o Governo, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Confederação do Turismo Português (CTP), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a União Geral de Trabalhadores (UGT) assinaram hoje o novo acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028, tendo a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) optado por ficar de fora, tal como no acordo assinado com o anterior Executivo.
O novo acordo revê em alta a trajetória do salário mínimo nacional, prevendo aumentos de 50 euros anuais até 2028.
[Notícia atualizada às 11h04]
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