Governo quer rever lei dos solos e simplex urbanístico em breve

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, garantiu hoje que a revisão da lei dos solos e do simplex urbanístico vai entrar no circuito legislativo nas "próximas semanas".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
01/10/2024 16:17 ‧ 01/10/2024 por Lusa

País

Construção

O governante já tinha reconhecido atrasos nestas medidas, que chegou a prometer cumprir em 30 dias, em audiência na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, em julho.

 

Hoje, durante a intervenção de abertura da conferência "Habitar as grandes cidades", iniciativa da Rádio Renascença, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, o ministro explicou que o Governo teve "outras prioridades", nomeadamente o combate ao "flagelo dos incêndios", para justificar esses atrasos.

Além disso, acrescentou, foram ouvidos "todos os atores" do setor sobre a revisão da lei dos solos e do simplex urbanístico, que pretende simplificar a compra e venda de imóveis.

À chegada para a conferência, Miguel Pinto Luz foi recebido à porta do Palácio Galveias, em Lisboa, por um grupo de manifestantes, munidos de apitos e acompanhados por duas faixas onde se lia "Lutar para que não haja ninguém sem porta de casa por onde entrar" e "Casa para todos".

Um dos ativistas perguntou-lhe "Cadê a minha casa?", mas não conseguiu a atenção do ministro, que seguiu caminho e que depois saiu da conferência sem falar aos jornalistas.

Na abertura da conferência, o ministro voltou a reconhecer que a crise na habitação "é um problema urgente", que "foi esquecido nas últimas duas décadas", sujeito a "políticas aos soluços", tendo-se gerado "um profundo desequilíbrio entre oferta e procura", que alimenta "antagonismos" vários, entre senhorios e inquilinos, turismo e cidades.

"Isto resolve-se de mãos dadas e não de costas voltadas", defendeu.

Na sua perspetiva, o Estado deve ter um papel regulador, garantir igualdade de oportunidades no acesso à habitação e proteger os mais necessitados, mas nada disto impede que também dê garantias ao setor privado, que precisa de "estabilidade e previsibilidade".

Leia Também: Atividade das empresas na reabilitação urbana sobe 2,4% em agosto

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