"Não apresenta nenhum investimento em empregos para o clima ou numa transição energética justa para sairmos da economia fóssil", lamenta o coletivo em comunicado.
Na proposta hoje entregue à Assembleia da República, o Governo diz que vai rever o Roteiro para a Neutralidade Carbónica e mantém o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2045.
Além do incremento das energias renováveis, de incentivos para a produção dos gases renováveis e do armazenamento de energia, e de medidas nas matérias-primas críticas, em 2025 haverá novas medidas e apoios para reforçar a eficiência energética e combater a pobreza energética.
As medidas são, no entanto, insuficientes no entender do Climáximo, que acusa o executivo de não estar "do lado das pessoas", considerando que o diploma vai "garantir o colapso climático, a pobreza e a injustiça social".
O OE2025, continua o coletivo, "garante a manutenção e proliferação de infraestruturas fósseis, como a expansão do aeroporto e as centrais de gás, autênticas bombas de carbono".
Em referência às recentes negociações entre o Governo e o PS, os ativistas lamentam ainda que o clima não tenha estado nas prioridades.
"Vemos governos e partidos que preferem fazer birras em torno dos pontos percentuais do IRC, em vez de se preocuparem em colocarem como prioritária a resolução da maior crise alguma vez enfrentada pela humanidade e garantirem uma vida digna e justa para toda a população", escreve o coletivo em comunicado.
O Governo entregou hoje no parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que prevê que a economia cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025.
Segundo o documento, o Governo prevê um excedente de 0,4% este ano e de 0,3% no próximo.
A proposta ainda não tem assegurada a sua viabilização na generalidade e a votação está marcada para o próximo dia 31.
Se a proposta de Orçamento do Governo PSD/CDS for viabilizada na generalidade com a abstenção do PS ou, em alternativa, com os votos favoráveis do Chega, será então apreciada na especialidade no parlamento entre 22 e 29 de novembro. A votação final global do Orçamento está prevista para 29 de novembro.
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