Arranca operação 'Bullying é para fracos'. Raparigas lideram agressões

A PSP vai promover ações de sensibilização sobre bullying e ciberbullying entre a comunidade escolar.

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Notícias ao Minuto
14/10/2024 08:23 ‧ 14/10/2024 por Notícias ao Minuto

País

Bullying

A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai começar esta segunda-feira a operação ‘Bullying é para fracos’, uma iniciativa que decorre até 25 de outubro, em escolas do 1.º ao 3.º ciclo e ensino secundário de todo o país, envolvendo crianças e adolescentes entre os 6 e 18 anos. 

 

Durante esta operação, a PSP vai promover ações de sensibilização sobre bullying e ciberbullying entre a comunidade escolar que serão direcionadas não só a alunos, mas também aos professores, auxiliares das escolas, pais e encarregados de educação. Nas redes sociais, a polícia vai partilhar vários conteúdos focados na prevenção do crime e dicas para ajudar as vítimas e aprender a lidar com os agressores da melhor forma.

Em comunicado, a PSP alerta que o bullying, com as novas tecnologias, tem aparecido “numa fase tendencialmente mais precoce da vida das crianças e jovens”, assumindo “novos contornos” através do ciberbullying.

“Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado, uma vez que é passível de ocorrer de forma dissimulada ou de ser desvalorizado. Tendo em conta que contribui de forma significativa para a degradação do sentimento de segurança, especialmente no seio da comunidade escolar, este fenómeno merece especial atenção por parte da PSP”, escreveu a polícia em comunicado.

Quem faz mais bullying?

O intendente Hugo Guinote, chefe da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP, explicou ao jornal Público que é “na faixa etária entre os 13 e os 14 anos” que mais se faz bullying e há cada vez mais raparigas entre os agressores, “quer para com outras raparigas, quer para com os rapazes que são hoje a maior parte das vítimas”.

O especialista esclareceu também que “oficialmente o bullying não é um crime e, por isso, não pode ser reportado como tal”. 

“Nenhuma criança ou pai apresenta queixa por bullying porque não está no Código Penal, mas sim por agressões, ofensa, ameaça, injúrias. Isso, sim, são crimes”, afirmou Hugo Guinote.

Nos últimos dois anos letivos, a PSP fez mais de seis mil ações de sensibilização, tanto de bullying como de ciberbullying, impactando mais de 250 mil alunos por todo o país. Só no ano letivo de 2023/2024 registou-se um aumento de 6,8% em comparação com o anterior, de 2022/2023.

Das 2956 ocorrências criminais registadas pelas Equipas do Programa Escola Segura (EPES) no último ano letivo, 134 estão relacionadas com bullying e 30 com ciberbullying.

Leia Também: Rúben Dias vai ao parlamento britânico falar sobre 'bullying'

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