O ex-primeiro-ministro e futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi galardoado esta quarta-feira com o Prémio da Paz da UNESCO Félix Houphouët-Boigny pelo seu "compromisso com a paz e os países em desenvolvimento".
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) Portugal, o júri decidiu distinguir o "antigo primeiro-ministro de Portugal e futuro presidente do Conselho Europeu pela coerência do seu compromisso com a paz e os países em desenvolvimento", lê-se na rede social X.
O Prémio da Paz da UNESCO Félix Houphouët-Boigny tem como objetivo "homenagear indivíduos vivos e órgãos ou instituições públicas ou privadas ativas, que tenham feito uma contribuição significativa para promover, procurar, salvaguardar ou manter a paz", explica o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD).
António Costa vence Prémio @UNESCO 2024 - Félix Houphouët-Boigny pela Busca pela Paz
— ONU Portugal (@ONUPortugal) October 16, 2024
Júri ddistingue antigo primeiro-ministro de 🇵🇹 e futuro Presidente do Conselho Europeu🇪🇺, pela coerência do seu compromisso com a paz e os países em desenvolvimento.
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"Decidimos atribuir este prémio ao primeiro-ministro António Luís Santos da Costa, pelo seu trabalho de uma vida e pela consistência com que manteve, no seu papel de líder político, um comprometimento para com a paz e a promoção dos países em desenvolvimento", anunciou Michel Camdessus, vice-presidente do júri e antigo diretor administrativo do Fundo Monetário Internacional.
O anúncio foi divulgado em comunicado pela UNESCO, a agência das Nações Unidas que promove a paz e a segurança através da cooperação internacional na educação, arte, ciência e cultura, com sede em Paris.
"Num mundo fragmentado, que enfrenta imensos desafios, precisamos de líder comprometidos com a construção de uma paz duradoura. Estou encantado que o júri tenha escolhido António Luís Santos da Costa, que sempre se distinguiu como um grande defensor do diálogo e do multilateralismo, afirmou Audrey Azoulay, diretor geral da Unesco.
O júri decidiu igualmente atribuir uma menção honrosa à Fundação de Desenvolvimento Social Afroequatoriana AZÚCAR, pelo seu trabalho na promoção do reconhecimento e respeito pelos direitos de afrodescendentes, não só no Equador, onde está sedeada, mas em toda a América Latina.
O prémio foi estabelecido em 1989 e é atribuído de dois em dois anos. Em 2022, a galardoada foi Angela Merkel, ex-chanceler da Alemanha, pelos seus esforços para acolher refugiados.
Outros premiados foram Nelson Mandela, o rei emérito João Carlos I, Jimmy Carter, Xanana Gusmão, Lula da Silva e François Hollande. Em causa está um valor de cerca de 140 mil euros.
Os membros do júri da edição de 2024 incluíram o escritor, jornalista e diplomata colombiano Santiago Gamboa-Samper, o médico ginecologista congolês Denis Mukwege, Prémio Nobel da Paz de 2018, o astronauta francês Thomas Pesquet, que é embaixador da boa vontade da FAO, a investigadora em biotecnologia saudita Hayat Cindi, que é embaixadora da boa vontade da Unesco, e o norte-americano Forest Whitaker, ator, produtor, realizador e embaixador da boa vontade das Nações Unidas.
[Notícia atualizada às 13h08]
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