Portugal "está na linha da frente" da política de apoio da UE à Ucrânia

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que Portugal "está na linha da frente" da política da União Europeia (UE) de apoio à Ucrânia para que consiga repelir uma "agressão injustificada" da Rússia.

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Lusa
17/10/2024 09:31 ‧ 17/10/2024 por Lusa

País

Guerra na Ucrânia

"Vamos aqui, mais uma vez, na reunião do Conselho [Europeu] interagir com ele [o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky]. Portugal está na linha da frente da política europeia de apoio às autoridades ucranianas para fazerem face a uma agressão injustificada da Rússia", disse Luís Montenegro.

 

À entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, o primeiro-ministro sustentou que o país está disponível "para continuar" com o apoio económico-financeiro, político e humanitário à Ucrânia.

Luís Montenegro defendeu que continuar a apoiar o país invadido pela Rússia é importante para "salvaguardar na Europa um espaço de paz, de respeito pelo direito internacional" e com um "objetivo, que é a integração da Ucrânia na UE".

Hoje, o Conselho Europeu irá discutir os últimos desenvolvimentos da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa com a participação presencial em Bruxelas do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um dia após ter apresentado o seu "plano de vitória" com mais meios de dissuasão, novas discussões para paz e integração na UE e na NATO.

Esta reunião do Conselho Europeu surge dias após os embaixadores dos Estados-membros junto da UE e de os eurodeputados terem dado 'luz verde' a uma proposta para a UE avançar com uma fatia de 35 mil milhões de euros no empréstimo de 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares) do G7 à Ucrânia, permitindo aos ucranianos usar essas verbas para o que necessitarem, incluindo reforçar as suas capacidades militares.

Este assunto estará em cima da mesa, com os líderes a pretenderem, juntamente com tal aval que conta com oposição da Hungria, manter o compromisso de prestar apoio financeiro e militar à Ucrânia.

No que toca ao plano da Ucrânia para a vitória, está em causa, desde logo, uma vertente militar, prevendo-se para isso ajuda e autorizações dos aliados ocidentais -- da UE e Estados Unidos -- para usar armas de longo alcance doadas para atacar alvos no interior da Rússia.

O plano prevê também que a Ucrânia continue a fazer avanços no terreno contra as forças russas, o que lhe daria argumentos para obrigar a Rússia a sentar-se à mesa das negociações, nomeadamente numa cimeira de paz.

Outra vertente do plano, mais encaminhada, é a adesão da Ucrânia à UE, não se verificando o mesmo com a integração na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: Imigração na UE. "Não diria que há influência da extrema-direita"

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