O vice-reitor para a Internacionalização, Luís Ramos, disse que nesta primeira edição do programa de bolsas de estudo "Lusofonia +" foram atribuídas 50 bolsas a estudantes oriundos de países como Moçambique, Guiné, Angola, Cabo Verde, Timor e Brasil.
O responsável frisou que um dos principais objetivos do programa "Lusofonia +" é melhorar as condições de vida e de estudo para os estudantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), "reconhecendo os desafios financeiros que muitos enfrentam".
As bolsas, explicou, destinam-se ao pagamento de propinas e são patrocinadas por empresas como a Dourogás, a Norvia e a Continental, ainda a Fundação Manuel António da Mota e a própria UTAD.
O programa atribuiu bolsas a alunos oriundos da CPLP que frequentam cursos de licenciatura e mestrado na UTAD e que, de acordo com o vice-reitor, demonstraram "um empenho e motivação grande para prosseguir e concluir os seus estudos".
Os cursos que frequentam estes estudantes vão desde a medicina veterinária, psicologia ou engenharias.
"É, no fundo, uma ajuda para que eles concretizem esse seu projeto educativo", reforçou Luís Ramos.
O vice-reitor salientou que a "aposta na lusofonia não é apenas simbólica, mas uma das prioridades da UTAD para reforçar a projeção dos seus saberes e competências no mundo".
Na academia transmontana estudam cerca de 1.100 estudantes internacionais e, três em cada quatro, provêm de países da CPLP, destacando-se o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
"Esta presença significativa reflete a eficácia das parcerias entre a UTAD e as instituições destes países, promovendo a mobilidade de estudantes e docentes e incentivando a cooperação científica e técnica em áreas cruciais como a segurança alimentar, agronomia, medicina veterinária, engenharia ambiental e informática", referiu Luís Ramos.
Para além dos mais de 200 protocolos firmados com universidades brasileiras, a UTAD tem celebrado vários acordos de cooperação com universidades e entidades governamentais de Cabo Verde, Moçambique e Angola.
Luís Ramos lembrou também que a UTAD foi a primeira universidade portuguesa a decidir, a partir do ano letivo de 2024/25, igualar o valor das propinas dos estudantes CPLP ao dos estudantes nacionais, uma medida considera que vai ter "um impacto positivo significativo nas suas vidas".
Além disso, prosseguiu, a UTAD tem trabalhado continuamente na integração destes alunos, implementando iniciativas como a criação de um espaço multirreligioso, programas de mentoria e tutoria, a abertura de uma sala de estudo acompanhado, e a disponibilização de cursos de língua portuguesa para estudantes estrangeiros.
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