António Leitão Amaro falava no primeiro de dois dias do Congresso Nacional do PSD, que decorre em Braga, num discurso em que procurou acentuar a ideia de que os sociais-democratas "governam para todos, funcionários públicos ou trabalhadores do privado", idosos ou jovens.
"Aos funcionários públicos, valorizámos as carreiras e especialmente trouxemos paz a setores tão sacrificados pelo governo socialista: Professores, forças de segurança, militares ou enfermeiros, Para os trabalhadores do setor privado, estamos a baixar os impostos e fizemos um acordo de rendimentos em concertação social, não apenas para aumentar o salário mínimo, mas também para aumentar o salário médio. Somos o governo dos trabalhadores públicos e dos trabalhadores privados. Somos o governo de todos", sustentou.
O ministro da Presidência falou depois de medidas tomadas para os pensionistas, mas, igualmente, para os jovens.
"Não somos o partido só para os mais velhos que recebem pensões", declarou, antes de advogar que o seu executivo também seguiu um caminho diferente face aos anteriores do PS em matéria de controlo das contas públicas.
"Durante anos tentaram convencer-nos de que para termos contas certas se tinha de pagar impostos máximos e pôr os serviços públicos à mingua, sacrificando professores, enfermeiros, polícias, militares. Ensinamos agora a esses que havia uma maneira diferente de respeitar os contribuintes e os portugueses. É possível ter equilíbrio orçamental e ter contas públicas boas, mas respeitando os contribuintes", declarou o dirigente social-democrata.
Nesta sua intervenção, António Leitão Amaro referiu que outra das principais diferenças entre o passado com o PS e o presente reside na política fiscal: "Quando o nosso líder [Luís Montenegro] falou há ano e meio na maior descida de impostos, isso, no princípio, era uma loucura".
"A seguir, quiseram imitar, mas nunca se imita bem a ideia original e, por isso, baixaram impostos numa coisa e aumentaram na outra. Nós fazemos diferente: Baixámos impostos, contemos a despesa, valorizámos os trabalhadores públicos, sobretudo aqueles que estavam castigados e em guerra com o anterior Governo, e acelerámos o investimento público. Mostrámos que com isto tudo é possível ter contas certas", acrescentou.
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