PM anuncia "grande projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa"

O primeiro-ministro anunciou hoje, a partir de Braga, o que classificou como um "grande projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa" (AML), que visa "erguer uma metrópole vibrante e homogénea" nas duas margens do rio Tejo.

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Lusa
20/10/2024 14:47 ‧ 20/10/2024 por Lusa

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PSD/Congresso

Na intervenção com que encerrou o 42.º Congresso do PSD, Luís Montenegro fez sete anúncios em várias áreas da governação, incluindo a coesão territorial, defendendo a importância de olhar também para "os territórios de alta densidade".

 

"Aqueles centros urbanos onde muitas vezes há a aparência de que há mais qualidade de vida, mas que na realidade têm pessoas na sua organização social que passam por dificuldades extremas", disse.

Montenegro decidiu neste contexto anunciar, a partir de Braga, uma decisão sobre a AML, desenvolvido em três polos para, "de forma concertada, erguer uma grande polis com duas margens".

"Uma metrópole vibrante e homogénea que não seja como é hoje tão contrastante nas duas margens do rio Tejo", concretizou.

Para tal, anunciou a criação da Sociedade de Gestão Reabilitação e Promoção Urbana, a que o Governo dará o nome de Parque Humberto Delgado, e que "será o instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul nos municípios de Almada, Barreiro e Seixal".

"Um segundo polo, o Ocean Campus, entre o vale do Jamor e Algés, nos municípios de Lisboa e Oeiras", disse.

Finalmente, o terceiro a aproveitar os terrenos que serão libertados com o fim do atual aeroporto Humberto Delgado, nos municípios de Lisboa e Loures.

"Com o desenvolvimento integrado destes três polos, queremos criar uma sinergia em conjunto com todos os municípios envolvidos capaz de levantar um projeto de inovação, de revitalização de cultura, de habitação e de sustentabilidade ambiental", afirmou.

O primeiro-ministro defendeu que esta ação de reabilitação permitirá dar "qualidade de vida, horizonte de atividade económica e capacidade em termos de serviços públicos de aproveitar os recursos naturais" nesta região, e não concentrando apenas no centro de Lisboa todos os investimentos.

Montenegro transmitiu ao Congresso, onde chegou acompanhado da mulher e ao som do hino da última campanha eleitoral, a ideia de concentrar "a energia a olhar para a frente", contextualizando a apresentação de "sete novas decisões que espelham uma parte do caminho" que o Governo PSD/CDS-PP quer continuar a fazer.

"A primeira num domínio essencial à nossa vida, essencial ao nosso futuro. A gestão de um recurso insubstituível como a água", disse, em vésperas da cimeira luso-espanhola, que se realizará na quarta-feira em Faro, e na qual disse que será assinado "um acordo histórico".

Tal como já tinha sido anunciado, os dois países vão assinar acordos para garantir "caudais mínimos diários no rio Tejo, caudais ecológicos no rio Guadiana e o pagamento da água do Alqueva por parte de sua utilização por agricultores espanhóis".

"E vamos, a partir daqui, lançar um grande programa de infraestruturas da água (...) e assegurar para décadas as suas utilizações urbana, agrícola e turística", afirmou.

Além das áreas da coesão territorial e da água, o primeiro-ministro fez ainda anúncios nas áreas da segurança, violência doméstica, educação, saúde e imigração.

Leia Também: "Combate sem tréguas". Montenegro anuncia equipas policiais "multiforças"

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