No referendo nacional realizado no domingo, o "sim" à inclusão da adesão à União Europeia (UE) como um objetivo nacional na Constituição da Moldova obteve cerca de 50,4%, de acordo com a Comissão Eleitoral Central.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "congratula-se com o resultado do referendo constitucional na República da Moldova, que confirmou a vontade da população em aderir à UE".
"O Presidente da República aplaude o progresso alcançado pelas autoridades da Moldova na implementação das reformas necessárias desde que, em junho de 2022, adquiriu o estatuto de candidato à UE, e reitera o apoio à aspiração europeia, à consolidação democrática e à soberania e integridade territorial do país", lê-se na mesma nota.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve na Moldova em visita oficial no fim de outubro do ano passado, a convite da Presidente Maia Sandu, depois de a ter recebido em Portugal, no início do mesmo mês, em visita de Estado.
Durante a visita de Estado de Maia Sandu, o Presidente da República declarou o apoio de Portugal à pretensão da Moldova de aderir à UE.
A República da Moldova, com cerca de 2,5 milhões de habitantes, situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.
Em março de 2022, a Moldova apresentou um pedido formal de adesão à UE, decisão que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro desse ano.
Em junho de 2022 foi concedido à Moldova o estatuto de país candidato à União Europeia e em dezembro de 2023 foram iniciadas as negociações de adesão.
O referendo de domingo sobre a adesão à UE decorreu em simultâneo com a primeira volta das eleições presidenciais na Moldova.
A atual Presidente, Maia Sandu, pró-UE, ficou em primeiro lugar, com cerca de 42% dos votos, e vai disputar a segunda volta, prevista para 03 de novembro, com o candidato pró-russo Alexander Stoianoglo, que obteve cerca de 26% dos votos.
Maia Sandu denunciou a existência de interferência russa neste processo eleitoral, acusação secundada por autoridades da UE e dos Estados Unidos da América.
A Rússia mantém um contingente de cerca de 1.500 soldados na região da Transnístria, território controlado por separatistas pró-Moscovo desde a guerra civil na Moldova, em 1992.
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