Com "distúrbios inadmissíveis", MAI reuniu com SSI. Há três detidos

Dois dias depois da morte de um morador do Bairro do Zambujal, na Amadora, desacatos estão a alastrar pela Área Metropolitana de Lisboa. O Governo já reuniu com o Sistema de Segurança Interna (SSI) e prometeu que os responsáveis pela desordem vão ser levados "à justiça".

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© Global Imagens/José Carmo

Notícias ao Minuto com Lusa
23/10/2024 09:06 ‧ 23/10/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Margarida Blasco

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, falou, esta quarta-feira, aos jornalistas, fazendo um balanço da situação na Área Metropolitana de Lisboa, onde, nas últimas duas noites, têm havido desacatos após um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) ter matado um homem na Cova da Moura, na Amadora.

 

"Queria fazer uma especial menção àqueles que estão a trabalhar pela tranquilidade e para acabar com estes distúrbios perfeitamente inadmissíveis que não permitem às populações deslocar-se e fazer a sua vida laboral normal e acompanhar crianças à escola", disse a governante, numa breve comunicação, em Faro.

Após a segunda madrugada de "desordem", que alastrou do Bairro do Zambujal, onde a vítima morava, para outras zonas na Área Metropolitana de Lisboa, Margarida Blasco revelou que de três daqueles que "têm atuado nestes distúrbios já se encontram detidos".

Fonte da PSP adiantou à Lusa que as detenções aconteceram na Amadora, duas das quais por incêndio e agressões a agentes policiais e outro por incêndio e posse de material combustível - sendo este último já conhecido desde ontem à noite.

Um detido e autocarros a arder: 2.º dia de tensão após morte na Amadora

Um detido e autocarros a arder: 2.º dia de tensão após morte na Amadora

Detido estava na posse de material combustível. Além disso, um segundo autocarro ardeu hoje à noite na região de Lisboa e há "focos de desordem" em várias zonas.

Notícias ao Minuto com Lusa | 22:29 - 22/10/2024

De acordo com a mesma fonte, na Amadora um agente foi apedrejado e duas viaturas policiais ficaram danificadas, bem como outras cinco viaturas, e vários caixotes do lixo foram incendiados. "Um grupo tentou incendiar, sem sucesso, uma bomba de gasolina".

Em Faro, a ministra deu conta de que foi realizada na noite que passou uma reunião de urgência do Sistema de Segurança Interna (SSI), e garantiu que estava em "permanente contacto" com as forças de segurança.

Sublinhando que a PSP, em articulação com todas as forças de segurança a estão desde a "primeira hora" a fazer tudo para "repor tranquilidade e apoiar população", Blasco garantiu ainda: "Tudo faremos para levar todos aqueles que participaram nestes tumultos à justiça".

"Não revelarei aqui qualquer ação operacional. Posso garantir que as forças de segurança tudo farão para manter a ordem", disse, quando questionada acerca da eventualidade de ser tomada uma medida de força.

Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Na segunda-feira, o MAI determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência. O agente que baleou o homem foi entretanto constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.

[Notícia atualizada às 09h56]

Leia Também: 48h após morte na Amadora, "desordem" alastrou por Lisboa (há 3 detidos)

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