Após o primeiro interrogatório judicial, a juíza de instrução criminal aplicou também as medidas de coação de termo de identidade e residência e proibição de contactos com pessoas ligadas ao processo, sendo que o arguido está indiciado da prática de crime de tráfico de estupefacientes.
O suspeito, com 28 anos e de nacionalidade portuguesa, não tem antecedentes criminais, segundo indicou a Polícia Judiciária (PJ) na quarta-feira, e foi detido no âmbito da operação "Aniversário", que culminou na maior apreensão de heroína de sempre na Madeira, sendo também a maior do ano a nível nacional.
De acordo com a PJ, responsável pela operação, os 14.260 quilos de heroína e os nove quilos de MDMA, vulgarmente conhecido por 'ecstasy', encontravam-se dissimulados num automóvel já em circulação na ilha.
O condutor foi detido "por fortes indícios da prática do crime de tráfico de estupefacientes", sendo para já o único arguido no processo.
Na quarta-feira, o coordenador regional da PJ, Ricardo Tecedeiro, disse em conferência de imprensa que a investigação "vai ter novos desenvolvimentos" e que serão feitas "mais diligências".
"A investigação agora visará identificar outras pessoas, para além daquela que foi detida, e recolher provas e averiguar o grau de participação de cada uma das pessoas depois de serem identificadas, caso consigamos fazê-lo", acrescentou.
A Polícia Judiciária desconhece para já a proveniência da droga, bem como o seu valor comercial, embora a estimativa aponte para alguns milhões de euros, considerando que um grama de heroína corresponde a 12 doses individuais, cujo preço varia entre 40 e 50 euros cada.
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