"A Fnam exige responsabilidades políticas e medidas urgentes para garantir que a segurança dos doentes e a dignidade dos profissionais sejam asseguradas. A saúde pública exige respeito, investimento e liderança competente - valores que, infelizmente, têm estado ausentes na atual governação", manifesta a força sindical num comunicado hoje divulgado.
De acordo com a Fnam, o colapso dos sistemas de comunicação "evidenciou a fragilidade das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), negligenciadas por sucessivos alertas ignorados pela tutela".
"É inaceitável que, em 2025, o SNS dependa de sistemas de comunicação ultrapassados, colocando em risco vidas humanas e deteriorando a confiança da população no serviço público de saúde", lamenta.
Manifestando "profunda preocupação e indignação" pelas falhas de energia, a Fnam alertou que os utentes ficaram "reféns de linhas telefónicas obsoletas e ineficazes, cuja responsabilidade política pertence à ministra da Saúde, Ana Paula Martins".
A Fnam lembrou, no entanto, que, em plena crise, os profissionais de saúde "voltaram a demonstrar um empenho extraordinário, assegurando cuidados urgentes e emergentes com meios reduzidos e sob enorme pressão".
Na segunda-feira, várias unidades hospitalares tiveram de limitar as suas atividades devido à situação de contingência causada pelo corte da energia elétrica.
Na noite desse dia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu que o mais difícil de gerir no apagão foi o abastecimento de energia aos hospitais, mas assegurou que não se registou "nenhuma situação limite".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
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