ONG defendem inclusão da juventude portuguesa nas decisões da COP29

Várias organizações não governamentais (ONG) vão defender a inclusão da juventude portuguesa nas decisões políticas relativas à 29.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês), a COP9.

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© Aziz Karimov/Reuters

Lusa
29/10/2024 23:13 ‧ 29/10/2024 por Lusa

País

COP29

As organizações Pacto Climático Europeu, Último Recurso, Youth Climate Leaders e SOA Ocean Hub Portugal são algumas daquelas ONG que promovem uma carta com cinco ações concretas destinadas à delegação portuguesa na COP29.

 

O documento Carta Aberta da Juventude para a COP 29 vai ser apresentado na quarta-feira, durante o evento "Paving the Way to COP29" ("Preparar o Caminho para a COP29"), na Casa do Impacto, em Lisboa.

Em comunicado de divulgação do evento, Mariana Gomes, embaixadora do Pacto Climático Europeu, afirmou que "o futuro não pode ser decidido sem o envolvimento ativo das gerações mais jovens".

A primeira ação concreta reclamada é a exclusão da delegação portuguesa à COP29 de representantes da indústria de combustíveis fósseis que não detenham um plano de descarbonização alinhado com o Acordo de Paris.

A segunda foca-se na sustentabilidade alimentar e pretende que o pavilhão de Portugal na COP29 lidere iniciativas com um menu focado em produtos vegetais e acessíveis.

Estas ONG pretendem também que a conservação dos oceanos seja uma estratégia central na luta contra as alterações climáticas.

O quarto ponto realçado é o do reconhecimento da responsabilidade histórica, com o que visam que os países do Norte Global reconheçam a sua responsabilidade na crise climática e se comprometam com o financiamento ambiental para nações vulneráveis.

A encerrar a lista está a expressão de preocupação com a repressão dos direitos humanos no país anfitrião da COP29, fazendo o apelo para que Portugal assuma "um papel diplomático ativo em favor da participação pública e da liberdade de expressão".

Por junto, Mariana Gomes, que também é fundadora da Último Recurso, considera que "as atuais políticas e compromissos ecológicos são insuficientes para enfrentar a emergência climática, que ameaça direitos humanos fundamentais como o acesso à alimentação, à água e a um ambiente saudável".

Para a iniciativa, que conta com o apoio da UN Summit of the Future, UNFCCC, Ministério do Ambiente e Energia, Open Dialogue on Climate Change - ODCC e European Youth Foundation, foram ainda convidados Salvador Malheiro, presidente da Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República, e Carlos Morais Pires, conselheiro político da Comissão Europeia em Portugal.

Leia Também: Ministros da UE comprometem-se com 90 mil milhões para metas 'verdes'

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