"Num primeiro levantamento dava à volta de 30 casas [de primeira habitação] totalmente ardidas. Mas agora, com as visitas ao local, com as análises cuidadas, estamos a chegar à conclusão de que o número vai ser, felizmente, inferior", sublinhou a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro.
No final de uma reunião do Conselho Regional da CCDR do Centro, Isabel Damasceno, explicou que vem sendo feito um levantamento exaustivo das casas totalmente ardidas e das parcialmente consumidas pelas chamas.
"Estamos a acabar de afinar o levantamento, sabendo nós que os levantamentos têm uma certa tendência de empolamento, quando as pessoas se veem naquelas aflições", indicou.
De acordo com a presidente da CCDR do Centro, neste momento também já estão "a receber e a pagar candidaturas da agricultura", com valores até 6 mil euros por candidatura, "numa expressão já muito interessante".
"As coisas vão andando, mas o mais importante agora é irmos apoiando no terreno", acrescentou.
No mês de setembro, os grandes incêndios das regiões Norte e Centro do país provocaram nove mortos, mais de 170 feridos e a destruição de dezenas de habitações.
Segundo o sistema europeu de observação terrestre Copernicus, só entre os dias 15 e 20 de setembro arderam em Portugal continental cerca de 135.000 hectares, dos quais mais de 116.000 no Norte e Centro, que assim concentraram a maior parte da área ardida em território nacional.
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