Europa, viragem à Direita e economia. Marcelo faz balanço 'pós-Costa'

O ex-primeiro-ministro, António Costa, demitiu-se do cargo a 7 de novembro de 2023. Um ano depois, o Presidente da República destacou o facto de a Europa ter ganhado "um bom presidente do Conselho Europeu", a eleição da Aliança Democrática e o facto de a economia portuguesa continuar "bem".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
07/11/2024 12:36 ‧ 07/11/2024 por Márcia Guímaro Rodrigues

País

Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez esta quinta-feira um balanço sobre o primeiro aniversário após a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro.

 

"A Europa ganhou um bom presidente do Conselho Europeu, o que não era aparentemente concebível no dia 6 de novembro de 2023. Parecia muito afastado e aconteceu", começou por referir em declarações aos jornalistas, em Lisboa, referindo-se ao facto de o ex-primeiro-ministro ter sido eleito pelos dirigentes da União Europeia (UE) para liderar o Conselho Europeu entre 1 de dezembro de 2024 e 31 de maio de 2027.

Comentou ainda os resultados das eleições antecipadas de 10 de março, convocadas após a demissão de António Costa, lembrando que "os portugueses decidiram mudar a orientação da força liderante" ao eleger um Governo de Direita, composto pela Aliança Democrática (AD), após oito anos de governação do Partido Socialista (PS). 

Apesar da mudança no país, "as agências de notação financeira continuam a dar a Portugal cotações muito elevadas" e a "economia continua a andar bem". 

"Diria que, neste momento, temos alguém muito competente para a Europa e também bom para Portugal. Temos em Portugal aquilo que o povo decidiu escolher, mas com uma transição que foi calma, serena e tranquila. Não temos problemas económicos e financeiros que alguns imaginariam que tivéssemos", destacou.

Operação Influencer foi há um ano. Recorde o caso

Recorde-se que foi há um ano, a 7 de novembro de 2023, que o Ministério Público (MP) levou a cabo a Operação Influencer, que culminou nas detenções do chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, do advogado e consultor Diogo Lacerda Machado, dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas. Foram ainda constituídos arguidos o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado João Tiago Silveira e a Start Campus.

O processo foi entretanto separado em três inquéritos, relacionados com a construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela sociedade Start Campus, a exploração de lítio em Montalegre e de Boticas (ambos distrito de Vila Real), e a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines.

O antigo primeiro-ministro foi alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão do cargo. 

"Parágrafo assassino" derrubou Costa há um ano. E o que já se sabe? Pouco

Parágrafo foi escrito em nome da transparência. Porém, um ano depois, ainda não há esclarecimentos sobre ao que se referia.

Notícias ao Minuto | 08:59 - 07/11/2024

Em causa esteve uma menção num parágrafo dos comunicados do Ministério Público, onde se referia que o primeiro-ministro estava implicado "pela sua intervenção para desbloquear procedimentos".

Leia Também: Marcelo quer a "melhor solução" para "ultrapassar obstáculos" do INEM

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