A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou três inquéritos às mortes em Bragança, Cacela Velha e Vendas Novas associados a atrasos no 112, informação avançada pela RTP e que foi entretanto confirmada pelo Notícias ao Minuto. Na quinta-feira, já tinha sido aberto um inquérito à morte de uma mulher em Almada.
Após contacto, a PGR revelou ainda que o outro inquérito relativo a um caso em Ansião tinha sido arquivado.
"Confirma-se a instauração de inquérito relativamente a factos de Bragança, Cacela Velha, Vendas Novas e Almada, os quais se encontram em investigação", pode ler-se.
O Ministério Público revela ainda que "relativamente aos factos de Ansião, na sequência da comunicação do óbito, foi aberto um inquérito. Coligidos os elementos de prova – designadamente a informação da GNR; as declarações prestadas por testemunhas, bem como do relatório do hábito externo realizado – concluiu o Ministério Público não haver indícios da prática de crime, tendo o inquérito sido arquivado".
A PGR revela que "quanto a outras situações, estamos ainda a aguardar informação".
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou também, esta sexta-feira, em comunicado, que abriu um inquérito sobre "as situações noticiadas, nos últimos dias, sobre os eventuais atrasos no atendimento realizado pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)" em resposta à agência Lusa.
A PGR confirmou, na quinta-feira, que abriu um inquérito à morte de uma mulher em Almada, que terá acontecido também por atrasos no socorro do INEM. No total, foram instaurados cinco inquéritos pelo Ministério Público.
As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do INEM, devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) já terão levado à morte de pelo menos sete pessoas.
[Notícia atualizada às 18h23]
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