Uma cidadã portuguesa, de 60 anos, foi condenada esta segunda-feira a três anos e quatro meses de prisão por tráfico de estupefacientes, após ter sido apanhada com canábis no valor de cerca de 480 mil euros, no aeroporto de Shannon, na Irlanda.
Segundo a imprensa local, o juiz do Tribunal de Ennis, Francis Comerford, decidiu condenar Maria Lucília Martins, natural de Lisboa, a 40 meses de prisão, considerando que "com a quantidade de danos causados pelas drogas, tem de haver um período significativo de prisão".
A mulher foi detida no passado mês de abril, quando aterrou em Shannon num voo proveniente de Faro. Segundo a acusação, tinha na sua posse "malas embaladas a vácuo com canábis e resina de canábis".
Após ter sido detida, Maria Lucília Martins afirmou que não sabia "nada" sobre o produto estupefaciente. "Não sei nada sobre isso. Sei que há provas e objetos. Estavam nas minhas malas. Só as vi quando as malas foram abertas", afirmou.
Já durante o interrogatório da Garda (polícia irlandesa), a portuguesa terá dito "respostas incoerentes", tendo afirmado: "Se me quiserem chamar mula, cavalo ou o que quer que seja, direi o que quiserem ouvir."
No entanto, durante outros interrogatórios negou saber como é que a droga tinha entrado nas suas malas.
Ainda de acordo com a imprensa local, Maria Lucília Martins não tem antecedentes criminais e vive num apartamento alugado com a irmã em Portugal.
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