A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, visitou, esta terça-feira, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) - onde se reuniu com os responsáveis do Instituto, em Lisboa. "A minha vinda aqui [INEM] tem muito que ver com estar perto, o mais possível, [...] destas pessoas para assumir, olhos nos olhos, um compromisso por parte da ministra da saúde e do Governo de Portugal para criar todas as condições que não foram criadas nos últimos anos para que haja uma resposta adequada da parte do INEM", afirmou a governante.
Em declarações à comunicação social, a ministra referiu ainda que, "desde há dois dias", o INEM passou a estar na sua "dependência", revelando que se trata de "uma matéria de prioridade enorme".
Segundo referiu, o INEM era uma prioridade quando o atual Governo entrou em funções, mas, "por todo o alarme social que tem causado nos últimos dias", é necessário devolver a confiança à população no sistema.
A ministra da Saúde anunciou hoje que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passou a estar na sua dependência direta, alegando que o instituto assume uma "prioridade enorme" devido ao alarme social dos últimos dias.
Lusa | 17:02 - 12/11/2024
Questionada sobre um eventual 'ignorar' da secretária de Estado de Gestão de Saúde sobre os alertas dos sindicatos para uma possível greve e a mudança da competência do INEM para a própria ministra, Ana Paula Martins disse que se trata "apenas o reconhecimento de que a matéria é de tal maneira importante, urgente e prioritária que o meu tempo, no meu dia a dia, tem de ser dedicado em mais de 70% a resolver os problemas do INEM".
A ministra da saúde reforçou também que o Executivo está "absolutamente determinado, não é uma questão de estar empenhado, [...] a encontrar soluções que o INEM precisa de ter", referindo que "já tínhamos tomado algumas decisões [...] às ambulâncias, à disponibilidade de ter mais postos com os parceiros [...] isto é muito importante, é importante termos um novo CODU com uma tecnologia mais avançada [...] mas, sem pessoas, sem as nossas pessoas, isso nunca vai acontecer e, por isso, essa é que é a prioridade".
E acrescentou: "É só com isso que tem que ver o facto de eu estar a tomar em mãos, em nome do Governo, esta tarefa que a vou levar, podem ter a certeza, até ao fim".
Ministra deseja que "investigação nos possa trazer resultados"
"Nós temos inquéritos a decorrer pelas entidades próprias, nomeadamente pelo Ministério Público e pela IGAS", respondeu a ministra quando questionada se se sente responsável pelas mortes ocorridas durante a última semana.
Ana Paula Martins acrescentou ainda que deseja "profundamente" que "esses inquéritos sejam [concluídos] o mais rápido possível, que essa investigação nos possa trazer resultados e que possa mostrar-nos, efetivamente, o que é que se passou com todas estas situações adversas que nós lamentamos profundamente", apontando também que a sua "tarefa, neste momento, é garantir que a situação que vivemos noutros anos e que vivemos agora recentemente não se volta a passar".
De recordar que, esta manhã, enquanto Ana Paula Martins foi ouvida no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, a governante afirmou que, como ministra assumia "total responsabilidade pelo que correu mal".
De lembrar que, nos últimos dias, foram registadas pelo menos dez mortes alegadamente relacionadas com falhas na resposta do INEM, tendo sido abertos vários inquéritos.
[Notícia atualizada às 17h17]
Leia Também: Ministra quer "avaliação profunda" da IGAS sobre serviços mínimos no INEM
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com