A Marinha Portuguesa anunciou, esta sexta-feira, que durante os últimos 15 dias "desenvolveu uma intensa operação de monitorização e acompanhamento de vários navios da Federação Russa", incluindo um navio-espião especializado na captação de emissões de rádio e do espectro eletromagnético.
Em comunicado, enviado às redações, a Marinha indicou que a operação, descrita como uma "coincidência de movimentos sem precedente em águas de responsabilidade nacional", "culminou no emprego de oito navios da Marinha Portuguesa, cinco deles em acompanhamento simultâneo no mar".
No total, foi registada "a presença de duas fragatas e uma corveta, de três navios de investigação científica, e oceanográfica, acrescida de dois navios de apoio logístico (reabastecedores de combustível) e ainda de um navio-espião (especializado na captação de emissões rádio e do espectro eletromagnético)".
A operação contou com o apoio do Sistema de Controlo de Tráfego Costeiro e dos seus sistemas radar e "traduziu-se num acumulado de mais de 360 horas de emprego dos navios da Marinha".
Só nos últimos três anos, a Marinha realizou 126 missões de acompanhamento. Em 2022, ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia, há registo de 14 missões, número que subiu para 46 em 2023. Só este ano, 2024, já foram "concluídas 66 missões".
Na nota, a Marinha explicou que as ações de monitorização e vigilância têm como objetivo garantir "a defesa e segurança dos espaços marítimos sob soberania, jurisdição ou responsabilidade nacional", contribuir para "a proteção dos interesses de Portugal e das suas infraestruturas críticas" e assegurar o "cumprimento dos compromissos internacionais assumidos no quadro da Aliança Atlântica, 24 horas por dia, nos 365 dias do ano".
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