Falta pouco mais de um ano para as eleições para a Presidência da República e, com Marcelo Rebelo de Sousa fora da corrida por já ter cumprido dois mandatos, começam a ser apontados os possíveis nomes para o cargo - da Esquerda à Direita.
O mais recente nome a juntar-se à lista foi o do socialista António José Seguro, mas já se falou de Henrique Gouveia e Melo, Augusto Santos Silva, Luís Marques Mendes e até Pedro Santana Lopes. E, até ao momento, nenhum colocou a hipótese de fora.
Na noite de quinta-feira, o antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, quebrou o seu silêncio político de uma década, em entrevista à TVI/CNN.
Questionado sobre se estava a ponderar uma candidatura a Belém nas próximas presidenciais depois de o líder socialista, Pedro Nuno Santos, ter referido o seu nome entre as possibilidades para essa corrida eleitoral, respondeu: "Está tudo em aberto. Neste momento estou a ponderar".
Outro nome muito falado tem sido o do almirante Henrique Gouveia e Melo, atual chefe do Estado-Maior da Armada. No início de setembro, o próprio recusou a ideia de "dizer não" a essa possibilidade, durante uma entrevista à RTP 3. "Não quero dizer que não", frisou, acrescentando que "um militar, depois de terminar o serviço ativo, é um cidadão normal".
Gouveia e Melo estará em funções até ao próximo dia 27 de dezembro. O seu futuro ainda é incerto, mas, se vier a ser reconduzido, ficará impedido de concorrer às eleições presidenciais.
Já o ex-presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, defendeu, também em setembro, ser "muito importante" que a sua "área política" - a Esquerda - "seja representada na próxima eleição com uma candidatura única e forte".
"Da minha parte, farei o que for necessário para contribuir para essa candidatura única e forte", admitiu, em entrevista ao Jornal 2 da RTP 2. "Seja junta de freguesia ou outro cargo, eu não estou indisponível em absoluto para nada".
À Direita, já foi apontado o nome do ex-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Marques Mendes, e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes também já frisou que sabe o "suficiente para poder exercer bem" o cargo de Presidente da República.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou que o nome de Marques Mendes "é um dos que encaixa melhor", mas, à margem do 42.º Congresso Nacional do PSD, que decorreu entre 19 e 20 de outubro, o comentador político afirmou que "neste momento, a prioridade não é essa". No entanto, remeteu uma possível decisão para 2025.
"Sobre eleições presidenciais falaremos em 2025, no próximo ano. Neste momento, a prioridade não é essa", disse aos jornalistas, acrescentando que registou "com simpatia o gesto do primeiro-ministro".
Antes, em setembro, também à Direita, o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes considerou ter as qualidades para "exercer bem a função" de Presidente da República, mas remeteu para mais tarde a decisão sobre uma eventual candidatura.
"Tenho a certeza de que sei o suficiente para poder exercer bem essa função", defendeu o atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
[Notícia atualizada às 09h39]
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