O julgamento foi adiado para maio do próximo ano após a defesa de António Trindade, de 69 anos, ex-administrador da sul-africana Tubular Construction, subcontratada pela estatal de eletricidade sul-africana Eskom, ter apresentado um relatório médico a justificar que o empresário "não está apto para ser julgado", acrescentando que a sua condição física é "frágil".
Trindade, que se encontra em liberdade condicional desde 2019 após o pagamento de fiança de 300.000 rands (cerca de 15.700 euros), não compareceu na audiência de hoje do tribunal sul-africano.
O Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, considerou o requerimento do Ministério Público para a realização de um julgamento em separado dos restantes co-acusados, tendo decidido adiar o caso de Trindade para o dia 8 de maio de 2025, para dar tempo para uma "atualização" sobre o "estado de saúde" do empreiteiro português.
O caso dos coarguidos de António Trindade foi também adiado, para 5 de março de 2025, segundo a imprensa local.
O empresário português, juntamente com o antigo gestor da Tubular, Michael Lomas, que foi extraditado do Reino Unido para a África do Sul em setembro último, e ex-gestores da estatal elétrica sul-africana enfrentam acusações de corrupção pública e subornos no valor de 1,4 mil milhões de rands relacionados com a empreitada da Tubular na construção da central elétrica de Kusile.
No âmbito da investigação iniciada em 2017 à alegada corrupção na central elétrica sul-africana, pelo menos 11 pessoas foram formalmente acusadas, segundo as autoridades sul-africanas.
A empreitada está relacionada com a construção da central elétrica de Kusile, uma central a carvão da concessionária estatal sul-africana Eskom com pelo menos 4.000 megawatts (MW) de capacidade instalada em Mpumalanga, nordeste do país.
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