AL? Governo "não teme" e respeita caso se avance para referendo em Lisboa

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, garantiu hoje que o Governo "não teme" e respeita caso avance um referendo ao alojamento local (AL) em Lisboa, sublinhando que decisão deve ser "de base local".

Notícia

© Getty Images

Lusa
05/12/2024 16:31 ‧ 05/12/2024 por Lusa

País

António Leitão Amaro

António Leitão Amaro respondia aos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros, no Campus XXI em Lisboa, salientando que o Governo acredita na "livre iniciativa privada" de quem investiu na atividade, lembrando terem sido revogadas uma série de "limitações, proibições, tributações e expropriações legais aos títulos de AL".

 

"Este Governo acredita na importância de regular o AL", disse o governante, acrescentando que foram previstos "mecanismos de regulação equilibrados, confiando nas autarquias e nas comunidades locais para fazerem as suas escolhas".

"Não tememos a democracia, muito menos a democracia local", sublinhou, justificando que o Governo considera que este tipo de decisões, nomeadamente permissibilidade, deve ser tomado ao nível local "com proporcionalidade e respeito entre habitantes e titulares de licenças de AL".

Na terça-feira, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou remeter ao Tribunal Constitucional a iniciativa popular para um referendo local sobre o alojamento local em Lisboa, com o objetivo de fazer cessar a atividade e novas licenças em prédios de habitação.

A iniciativa foi aprovada com votos a favor do PS, Bloco de Esquerda, PEV, PAN, Livre e deputados não inscritos Miguel Graça e Daniela Serralha (Cidadãos por Lisboa), contra do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal (IL), PPM, Aliança, Chega e deputada não inscrita Margarida Penedo, e abstenção do PCP e do MPT.

"Não tememos, confiamos. [A decisão] será ao nível autárquico ou por referendo, validado pelo Tribunal Constitucional, será o povo a falar. A decisão deve ser de base local, ninguém deve temer a democracia", salientou.

Os deputados municipais discutiram o relatório da comissão eventual que apreciou a iniciativa popular de referendo local sobre o alojamento local, com a recomendação para que "a iniciativa seja convertida em deliberação para apreciação pela sessão plenária da AML", o que aconteceu na terça-feira.

Em causa está a iniciativa popular promovida pelo Movimento Referendo pela Habitação (MRH), que propõe duas perguntas: Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local no sentido de a Câmara Municipal de Lisboa, no prazo de 180 dias, ordenar o cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação? Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação?

A AML vai remeter a deliberação para a realização do referendo ao Tribunal Constitucional, a quem competirá validar, ou não, a consulta popular.

Leia Também: Bombeiros? "Legítimo", mas "não é possível resolver tudo ao mesmo tempo"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas