O secretário-geral do Sindicato dos Médicos Independentes (SIM), Nuno Rodrigues, afirmou que "o governo fez uma proposta inicial ainda muito longe daquilo que é pretendido" (15%) na primeira de quatro reuniões que o sindicato teve com o Ministério da Saúde e rejeitou a proposta de aumento salarial de 5% apresentada.
Destacou ainda que o valor é "totalmente inaceitável". Sabemos que o orçamento tem margens curtas, mas a aposta decisiva tem de ser agora", disse Nuno Rodrigues, frisando que "tem de ser dado um sinal fortíssimo que o Governo pretende fixar os médicos no SNS e resolver os problemas".
Sobre se as negociações estarão terminadas até ao final do mês e se haverá acordo, o secretário-geral do SIM afirmou que "terá de haver um acordo sob pena de, realmente, o SNS e os médicos ficarem sem perspetiva de futuro".
No final de 2023, o SIM chegou a um acordo intercalar com o anterior Governo para um aumento de 15% dos salários dos médicos para este ano, esperando que agora sejam cumpridos os restantes 15%. Nuno Rodrigues admitiu, porém, que esta percentagem pode ser repensada por parte do sindicato, caso seja possível alcançar um acordo global satisfatório para os médicos também nas outras matérias que estão em negociação.
"Vamos continuar a negociação já na segunda-feira e o Governo ficou de apresentar uma proposta melhorada", recordou. Estão ainda previstas mais três reuniões com o ministério da Saúde, sendo que a última está marcada para dia 30 deste mês.
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