O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esclareceu, esta quinta-feira, as declarações feitas no dia anterior em que, falando sobre a coabitação com António Costa, disse que "éramos felizes e não sabíamos".
Questionado hoje pelos jornalistas, no Porto, o chefe de Estado contou que se referia a uma conversa que manteve antes da pandemia da Covid-19 com o então primeiro-ministro, hoje presidente do Conselho Europeu.
Dando conta de que a conversa em questão aconteceu em 2019, Marcelo lembrou que essa era a época em que "o mundo crescia, a Europa crescia, Portugal estabilizava finalmente e depois da resolução dos problemas do sistema bancário e da saída de défice excessivo".
Depois, "veio a pandemia de Covid-19, as guerras", acrescentou, repetindo a frase que esta quinta-feira mereceu atenção do Governo: "Quando olhamos para o presente, os problemas são bem mais difíceis. O mundo não cresce, a Europa não cresce. Éramos felizes relativamente, e não sabíamos que éramos tão felizes comparados com o panorama que é hoje à nossa volta".
Hoje, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi questionado sobre as declarações do chefe de Estado, respondendo que este Governo "também vive feliz" com as relações com o Presidente.
"Acho que é bom vivermos num país em que todos fiquemos felizes com outros estarem felizes e ninguém procurar ver mal no que está bem. Não compreendo uma abordagem que procura ver e retirar da felicidade de alguém infelicidade de outros. Eu vivo feliz e o Governo vive feliz se os outros estiverem felizes", afirmou o governante durante o briefing do Conselho de Ministros.
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