O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, homenageou este sábado, 7 de dezembro, Mário Soares, no dia em que se assinala o centenário do seu nascimento.
Marcelo esteve no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde depositou uma coroa de flores.
"O Presidente da República depositou, no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, uma coroa de flores em homenagem a Mário Soares, no dia em que se assinala o centenário do nascimento do antigo Presidente da República", lê-se numa nota divulgada no site oficial da Presidência.
Esta tarde, na Fundação Calouste Gulbenkian, o Presidente da República encerra uma conferência no âmbito do centenário do nascimento de Mário Soares, onde também discursam o chefe de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Nesta sessão, serão também transmitidas mensagens do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do líder histórico dos socialistas espanhóis e antigo primeiro-ministro de Espanha, Felipe González.
Na sexta-feira, no encerramento da sessão solene dedicada ao fundador do PS, no parlamento, o Presidente da República homenageou "a vida singular, irrepetível" de Mário Soares, "sempre livre, sempre igualitário, sempre antixenófobo", e considerou que sem ele a liberdade e a democracia em Portugal teriam esperado mais.
Marcelo Rebelo de Sousa apontou essa sessão como exemplo da liberdade que o antigo chefe de Estado ajudou a criar.
"Sem ele, Mário Soares, não seria possível uma sessão evocativa tão livre como de hoje: uns livremente evocando mais os seus méritos, outros evocando livremente os seus deméritos. Uns louvando a democracia que ajudou a construir, outros querendo outro futuro que não o que ele sonhou", afirmou.
"Foi isso, a liberdade e a democracia, que ele ajudou a criar. Foi isso que permitiu este parlamento livre e a sessão solene que estamos a viver", acrescentou.
Mário Soares nasceu em 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, e morreu em 07 de janeiro de 2017, aos 92 anos, em Lisboa.
Advogado, combateu a ditadura do Estado Novo, foi fundador e primeiro líder do PS. Regressado do exílio, em França, após o 25 de Abril de 1974, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro e Presidente da República, durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
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