Foram apreendidas 27 plataformas ilícitas usadas por cibercriminosos e foram detidos quatro administradores das mesmas, em França, na Alemanha e na Polónia, pelas autoridades mundiais.
Mais de 300 utilizadores foram ainda identificados por atividades operacionais planeadas no âmbito de uma ação repressiva internacional em curso, a operação 'PowerOFF', que atua "contra os serviços de aluguer de DDoS (DDoS-for-hire), concebida para responsabilizar os seus fornecedores e utilizadores", pode ler-se no comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
"As autoridades policiais de todo o mundo interromperam uma tradição festiva dos cibercriminosos: o lançamento de ataques de distribuição de negação de serviço (DDoS) para colocar os Websites offline", pode ler-se na nota.
As plataformas "conhecidas como Websites booter e stresser", nas quais estão incluídos os sites zdstresser.net, orbitalstress.net, e starkstresser.net , "permitiram que os cibercriminosos e os hacktivistas inundassem os alvos com tráfego ilegal, tornando inacessíveis os Websites e outros serviços baseados na Web".
A operação multifacetada foi coordenada pela Europol, que "desempenhou um papel fundamental na coordenação do esforço internacional", e envolveu 15 países.
O Centro Europeu da Cibercriminalidade (EC3) da Europol facilitou reuniões operacionais e organizou sessões técnicas intensivas de uma semana para desenvolver pistas de investigação em preparação para a fase final da operação.
A Polícia Judiciária revela que "a época festiva é, desde há muito, um período de pico para os hackers efetuarem alguns dos seus ataques DDoS mais perturbadores, causando graves prejuízos financeiros, danos à reputação e caos operacional às suas vítimas".
As motivações passam por sabotagem económica, ganho financeiro e até razões ideológicas.
Em virtude da operação, a PJ avança também que irá "lançar uma campanha publicitária online destinada a dissuadir as pessoas de se envolverem neste tipo de atividades".
"A campanha destaca as consequências dos ataques DDoS e visa os potenciais infratores nos locais onde estes são mais ativos: online” através do Google, Youtube e ainda em meios offline como "knock-and-talks, mais de 250 cartas de advertência e mais de 2 000 mensagens de correio eletrónico para chegar aos utilizadores de serviços ilegais".
Na edição deste ano participam na Operação 'PowerOFF' as autoridades da Austrália, do Brasil, do Canadá, da Finlândia, de França, da Alemanha, do Japão, da Letónia, dos Países Baixos, da Polónia, de Portugal, da Suécia, da Roménia, do Reino Unido e dos EUA.
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