O anúncio foi feito numa nota de imprensa conjunta do Banco Português de Fomento (BPF) e do Governo dos Açores.
"Esta extensão tem por objetivo permitir que mais empresas açorianas possam aceder a este instrumento de capitalização, destinado a apoiar o crescimento, a inovação e o reforço da competitividade das micro, pequenas, médias empresas e Mid-Caps da região", lê-se na nota.
O Banco de Fomento é a entidade gestora do Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), em parceria com o Governo Regional, detentor do Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), que se insere na componente "Capitalização e inovação empresarial" do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
O programa prevê uma dotação total até 20 milhões de euros e o CPA aprovou já 27 operações de empresas açorianas, num montante superior a 4,1 milhões de euros em financiamento.
Das operações aprovadas, 18 estão já contratualizadas, com cerca de 2,7 milhões de euros investidos diretamente nas empresas, localizadas em várias ilhas do arquipélago, abrangendo setores como comércio, serviços, indústria, turismo, pescas e agricultura.
Desde o lançamento do Programa foram recebidas 47 candidaturas, 33 das quais foram consideradas elegíveis.
O Programa disponibiliza financiamento que varia entre 20 mil e 300 mil euros, destinados a novos investimentos, ao reforço do fundo de maneio, ao reembolso de dívida anterior que cumpra os requisitos aplicáveis ou qualquer outra finalidade diretamente ligada às atividades regionais.
As condições de financiamento apresentam taxas de juro anuais que variam entre 0,5% e 2% (acrescidas de uma comissão anual de acompanhamento das operações de 1%), ajustadas conforme a análise de risco de cada operação, e beneficiam de um prazo de reembolso até 30 de junho de 2031, posicionando o programa como "uma opção atrativa para empresas açorianas que procuram soluções de capitalização", é referido na nota.
Citado no comunicado, o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, sublinha que "ultrapassados "impasses" na implementação, o Capital Participativo Açores "tem registado interesse por parte das empresas regionais, que têm recorrido a pedidos de crédito junto das instituições financeiras parceiras deste programa".
"Estimo que, entrando na velocidade cruzeiro, este instrumento venha a revelar-se estratégico para a saúde financeira das empresas açorianas", considerou ainda.
A CEO do Banco Português de Fomento, Ana Carvalho, explicou que o alargamento do prazo para a apresentação de candidaturas ao Programa resulta de "uma decisão conjunta" entre o Governo dos Açores e o Banco Português de Fomento.
"Este alargamento visa proporcionar mais tempo e oportunidades para que mais empresas açorianas possam aceder a este apoio estratégico, permitindo-lhes crescer, inovar e ser mais competitivas, contribuindo assim para uma economia regional mais sólida, diversificada e sustentável", sublinhou Ana Carvalho, citada na nota conjunta.
Leia Também: Forte agitação marítima destruiu mercearia e inundou casas em São Miguel