"Não pedi, não. Não, não, não disse queria, não. Disse que já havia e que era fundamental e que para mim era um ponto que neste momento era fundamental, havia. E da parte do presidente, da parte Governo há uma cooperação total em termos estratégicos", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, na cidade da Praia.
O chefe de Estado falava aos jornalistas durante um passeio a pé com o presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, antes de participar numa sessão integrada nas comemorações dos 50 anos da independência de Cabo Verde.
Nesta ocasião, foi questionado sobre as declarações que fez na quarta-feira perante o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando recebeu cumprimentos de boas festas do Governo, no Palácio de Belém, defendendo que "não basta a solidariedade institucional" e que "é fundamental haver no presente a cooperação estratégica".
Interrogado se não fez essas declarações por considerar que não há suficiente cooperação estratégica com o executivo PSD/CDS-PP, o chefe de Estado respondeu: "Não, não".
"Eu disse é que é hoje mais reforçada por causa da situação internacional e por causa das questões que temos de enfrentar no mundo e na Europa. Mas já é cooperação mais reforçada neste momento", acrescentou.
Sobre a sessão em que vai participar hoje, uma cerimónia de homenagem aos signatários do Acordo de Lisboa para a transferência de soberania de Cabo Verde, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "é muito importante", porque foi "o começo de um processo em termos jurídicos".
Esse documento, assinado em 19 de dezembro de 1974 entre o Governo português e o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIG), estabeleceu a "fixação, por acordo, do esquema e do calendário do processo de descolonização do território do Estado de Cabo Verde".
O Presidente da República foi também questionado sobre a situação em Moçambique na sequência das eleições de outubro, que se escusou a comentar, estando em Cabo Verde: "Vamos aguardando o processo, a clarificação do processo. Vamos vendo".
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