Na véspera de Natal está previsto o encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Vila Franca de Xira, do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e do Hospital de Portimão (Obstetrícia), segundo dados consultados pela agência Lusa às 16h30 no Portal do SNS.
Estarão também encerrados os serviços de urgência Pediátrica dos hospitais de Faro, do Barreiro, de Loures, do Hospital Distrital de Águeda e do Serviço de Urgência Básica de São Pedro do Sul, unidade que também terá encerrada a urgência geral.
Segundo as escalas de urgência do SNS, no total irão estar fechados na véspera de Natal nove serviços, oito vão estar com restrições e 191 estarão abertos.
No dia de Natal, somam-se a estes encerramentos o fecho da urgência Pediátrica do Hospital de Faro, assim como a urgência de Ginecologia e a urgência geral e pediátrica do Serviço de Urgência Básica de Vila Nova de Foz Côa.
Neste período, o Hospital Amadora-Sintra tem a urgência Pediátrica reservada, entre as 00:00 e as 20:00, aos casos de urgência internos ou referenciados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela linha SNS24 (808242424).
Este hospital também tem referenciado o serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, assim como o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, o Hospital Beatriz Ângelo, o Hospital Santa Maria, em Lisboa e o Centro Materno Infantil do Norte.
O serviço de urgência destas especialidades no Hospital Garcia de Orta, em Almada, está referenciado apenas para as urgências internas e casos encaminhados pelo CODU.
No total, estarão abertos no Dia de Natal 188 serviços de urgência, enquanto 12 estão fechados e oito referenciados.
Desde há uma semana que as grávidas têm de ligar para a linha SNS Grávida antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia dos hospitais que aderiram ao projeto que arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde (ULS), maioritariamente em Lisboa e Vale do Tejo, e em três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto.
Desafiada hoje a fazer um balanço da primeira semana do novo modelo de funcionamento destas urgências, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse ser preciso um "histórico maior", de várias semanas, para apresentar esses dados.
Adiantou, contudo, que foi possível identificar "pequenos constrangimentos e resolvê-los", comentando que o processo está a ser feito com "muita calma, com muita prudência, com muito bom senso".
"Vamos avaliar como é que vão correr estes meses e depois faremos o nosso balanço e veremos se é algo que podemos alargar também a todo o país", disse a ministra aos jornalistas, à margem da cerimónia de entrega do edifício do novo Hospital de Sintra pela Câmara de Sintra ao SNS.
Na sua intervenção na cerimónia, Ana Paula Martins afirmou que, no âmbito do plano de inverno, o ministério está a gerir com os hospitais de todo o país os serviços de urgência e os cuidados de saúde primários, sendo o objetivo que ninguém fique sem acesso ao SNS.
Mas esse acesso é através de um modelo de funcionamento em rede e acautelando que "os meios adequados estão disponíveis onde e quando é preciso".
"É uma grande transformação, talvez a terceira maior transformação que a área de obstetrícia e ginecologia já teve nestes últimos 45 anos ou mais", comentou.
Essa "grande transformação" começou com os anteriores governo e Direção Executiva do SNS, mas agora está a ser expandida ao país em áreas como a Obstetrícia e "daqui a muito pouco tempo também à pediatria".
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