Marcelo Rebelo de Sousa reagiu esta terça-feira à morte de Adília Lopes, considerando que a escritora foi "única" e marcou várias gerações.
"Desde os primeiros livros, na década de 1980, que Adília Lopes estendeu o conceito do poético na poesia portuguesa contemporânea, jogando, de forma lúdica ou sofrida, com o trivial, o confessional, o falsamente inocente, o humorístico, o desarmante e até o perverso, não deixando de manter uma mundividência mais benevolente do que céptica, e jamais cínica", pode ler-se numa nota publicada hoje no site da Presidência da República.
Adília morreu na segunda-feira, aos 64 anos de idade. Para Marcelo, "havia nos seus versos e nas suas anotações diarísticas uma dimensão de divertimento e um subtexto de desamparo que a tornaram única na sua geração e em qualquer geração".
O chefe de Estado considera ainda que a poetisa "teve uma vida tão intensa quanto discreta" que graças a esse seu "aparente prosaísmo deu-nos uma visão alternativa do que é a poesia".
Adília Lopes é o pseudónimo literário da poetisa, cronista, tradutora e documentalista Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, nascida em Lisboa em 20 de abril de 1960, segundo a biografia publicada pelo Centro de Documentação de Autores Portugueses, da Direção-Geral do Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
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