Moedas acusa sindicatos de não quererem negociar e "prejudicar lisboetas"

Autarca de Lisboa fez, esta sexta-feira, um balanço da greve dos trabalhadores da Higiene Urbana.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/01/2025 11:46 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

País

Carlos Moedas

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) fez, na manhã desta sexta-feira, 3 de janeiro, um balanço sobre a greve dos trabalhadores da Higiene Urbana durante as celebrações de Natal e Ano Novo.

 

Durante a sua intervenção, feita a partir da sede do município, Carlos Moedas acusou os sindicatos de não quererem negociar e de ter "prejudicado os lisboetas" com a greve.

"Se há alguma culpa, se há algum problema, culpo-me a mim. Sou eu como presidente da Câmara que assumo como político essa responsabilidade. Nunca culpei os trabalhadores e os trabalhadores sabem disso", começou por dizer, acrescentando, porém, que esta foi "uma greve injusta".

"Quando eu disse aos sindicatos que queria negociar, que estava disposto, os sindicatos decidiram não querer negociar e fazer uma greve e isso prejudicou os lisboetas e é aos lisboetas que eu devo, por um lado, um pedido de desculpas, e por outro, um agradecimento muito grande", explicou, garantindo que tem "tido também um grande agradecimento dos lisboetas na rua pelo facto de ter tido e atenuado algo que poderia ter sido muito, muito pior".

Questionado sobre a possibilidade dos turistas que passaram por Lisboa nesta altura do ano terem ficado mal impressionados com tanto lixo, Carlos Moedas admitiu que "a imagem da cidade obviamente nestes dias teve problemas grandes", apesar de terem tentado "atenuado ao máximo" as consequências da greve à limpeza de resíduos na capital portuguesa.

"Os dias foram muito difíceis, foram dias de muito trabalho, foram dias em que muitos dos que estão aqui [presidentes das juntas de Lisboa] não pararam para atenuar os efeitos [do protesto], mas os efeitos estão lá e nós conhecemos esses efeitos. Tentamos reduzir ao máximo, tivemos sempre horas acima dos serviços mínimos e, portanto, conseguimos fazê-lo e isso é muito importante para a cidade porque mostrou que, dentro da dificuldade, é uma cidade em que estamos preparados", defendeu, agradecendo aos presidentes das juntas de freguesia, que tiveram um "trabalho essencial" estes dias.

Recorde-se que a crise do lixo em Lisboa tem dado muito que falar. Há meses que a oposição acusa Carlos Moedas de não estar a gerir da melhor forma este problema.

Em dezembro, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa decidiram convocar uma greve, justificando o protesto com a ausência de respostas da Câmara aos problemas que afetam o setor, em particular ao cumprimento do acordo celebrado em 2023, que prevê, por exemplo, obras e intervenções nas instalações.

A greve foi geral a 26 e 27 de dezembro e contou com serviços mínimos entre 26 e 28 de dezembro (realização de 71 circuitos diários de recolha de lixo, envolvendo 167 trabalhadores).

Paralelamente, houve também greve ao trabalho extraordinário, que se iniciou no dia 25. Já no dia de Ano Novo houve uma paralisação e constrangimentos também até às 6 horas de quinta-feira.

Apesar da greve já ter terminado, o impacto desta continua a ser visível um pouco por toda a cidade. A normalidade só deve ser reposta a partir do dia 4.

Leia Também: Lisboa. "Forte adesão" de trabalhadores da higiene urbana à greve do lixo

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