125 anos volvidos da morte de Eça de Queiroz e quatro anos após aprovação pelo Parlamento, os restos mortais do escritor foram trasladados para o Panteão Nacional, em Lisboa.
A cerimónia aconteceu depois de terminada uma contenda judicial, na sequência de ações interpostas por alguns dos descendentes do autor, que não queriam que os restos mortais saíssem da aldeia de Santa Cruz do Douro, no concelho de Baião.
Precisamente por esse motivo, várias foram as referências a Baião, como forma de agradecer à família e 'vizinhos' do escritor por o 'cederem' a Lisboa.
O trineto de Eça de Queiroz - que discursou na cerimónia - começou por afirmar que o escritor foi "levado [até ao Panteão] por todos aqueles que o leram, todos que o leem e os que o irão ler", enquanto José Aguiar-Branco referiu que o seu "lugar é óbvio". Também o Presidente da República considerou que esta é uma forma de mostrar que "os mortos que continuam vivos" estão a ser cuidados.
A cerimónia dedicada à trasladação teve início pelas 9h, contou com a presença de vários representantes da casa da Democracia e dos grupos parlamentares, tendo ficado marcada por períodos intensos de chuva e vento.
Passados mais de cem anos, hoje, dia 8 de janeiro de 2025, Eça de Queiroz chegou ao que será o seu último destino.