"Diminuímos em 20% os tempos médios de espera" nas urgências no Natal

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo conseguiu reduzir em 20% o tempo médio de espera nas urgências durante o período do Natal e Ano Novo, em comparação com o ano anterior.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
15/01/2025 17:31 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Montenegro

"Este ano, no período de pico de afluência à volta do Natal e da passagem do ano, face à realidade de há um ano atrás, diminuímos em 20% os tempos médios de espera" nas urgências, afirmou Luís Montenegro durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em resposta ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.

 

Montenegro reconheceu que existe um "problema grave" no acesso às urgências, afirmando que "não está resolvido" e que há tempos de espera que preocupam o Governo e que "são intoleráveis do ponto de vista do serviço que o Estado deve salvaguardar".

"Mas também sabemos que isso não se consegue mudar de um dia para o outro", acrescentou, afirmando que Paulo Raimundo pode considerar que a redução de 20% dos tempos médios de espera é pouco, que continua a haver "esperar superiores a uma dezena de horas" e que é preciso o Governo focar-se em "eliminar essa realidade".

"Mas, para lá chegarmos, tem de se iniciar o caminho e o que posso dizer é que, também aqui, o caminho foi iniciado", afirmou.

Montenegro referiu ainda que 55% das 54 medidas do plano de emergência para a saúde anunciado pelo Governo já foram executadas e, relativamente à linha SNS24, afirmou que foram atendidas, em 2024, três milhões e 500 mil chamadas, o que "representa mais 87% do que no ano anterior".

No que se refere ao programa "Ligue Antes, Salve Vidas", que estabelece que os utentes não se podem dirigir às urgências sem ligarem para a linha SNS24, Montenegro indicou que esse programa permitiu canalizar 281 mil ocorrências para consultas.

"Também lhe quero dizer que, relativamente à nova linha SNS Grávida que, entre o dia 01 de junho e o dia 12 de janeiro de 2025, foram registadas 80.852 chamadas, que evitaram 15 mil ocorrências de urgência, na medida em que encaminharam as chamadas das grávidas para outras unidades de saúde, retirando uma perturbação das urgências sem necessidade", disse.

O primeiro-ministro indicou ainda que, relativamente às cirurgias oncológicas, não há hoje "lista de espera, ou seja, não há o tempo máximo de resposta garantido ultrapassado", a não ser nos casos em que se estabelece que, clinicamente, não se pode fazer cirurgia.

"Isso acontece em 148 casos que, por razões clínicas, não podem ser alvo de uma intervenção", disse.

Antes desta resposta, o secretário-geral do PCP tinha afirmado que há atualmente em Portugal "grávidas e crianças confrontadas com urgências encerradas, longos períodos de espera, linha de Saúde com atrasos consideráveis" e "faltam médicos enfermeiros, técnicos".

"E qual é o seu plano de contingência? Desmantelar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais parcerias público-privadas, transferir milhões para aqueles grupos que fazem da doença um negócio", acusou.

Raimundo perguntou a Montenegro qual "é o limite, se é que há limite, para essa opção de transformar cada transformar cada problema concreto da vida do povo em novos favorecimentos e novos negócios para os grupos económicos".

"Nós não olhamos aos interesses dos operadores privados. Nós olhamos ao interesse dos cidadãos. O senhor deputado não é capaz de compreender isso, tem o seu pensamento político muito afunilado e fechado, não sai disso", respondeu Montenegro.

Na sua intervenção, Raimundo aludiu ainda às declarações do primeiro-ministro sobre insegurança para defender que a tranquilidade e a segurança da população também passa por uma política que "dê combate à insegurança dos salários, das pensões, das 380 mil crianças na pobreza, à insegurança daqueles que não conseguem pagar uma renda".

"A sua política é de injustiça e é a grande causa de insegurança. É aí que é preciso atacar para um país seguro", defendeu.

[Notícia atualizada às 17h44]

Leia Também: "Não vamos criar mais Efacec em Portugal", diz Montenegro a Pedro Nuno

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