O Ministério Público (MP), em comunicado publicado hoje na página da Procuradoria-Geral Regional de Évora, revelou que o homem está "fortemente indiciado" daqueles crimes.
Durante o relacionamento, que "durou entre agosto de 2023 e dezembro de 2024", o arguido "maltratava física e psicologicamente a vítima, com diversas agressões físicas que determinaram necessidade de assistência médica" da menor, pode ler-se.
"Nesse período, o arguido impediu a vítima de conviver com a família e amigos" e "deslocou-a do local de residência", segundo o MP.
No comunicado, é possível ainda ler que a vítima foi impedida "de frequentar o estabelecimento de ensino, de se vestir como entendesse, privando-a ainda [o homem] de se movimentar livremente e sujeitando-a ao consumo de produtos estupefacientes".
Os factos, de acordo com o comunicado do Ministério Público, ocorreram em Évora, em Queluz, no concelho de Sintra, e em Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.
Também em comunicado divulgado hoje, o Comando Distrital de Évora da PSP indicou que o homem foi detido na quinta-feira, pela esquadra de investigação criminal, no âmbito de mandado de detenção fora de flagrante delito.
"O suspeito e a vítima mantinham uma relação de namoro há alguns meses, tendo existido diversos episódios de violência, não reportados às autoridades policiais", reforçou a Polícia.
A PSP referiu que "a relação atingiu o seu extremo no final do mês de dezembro, com um escalar da violência física e psicológica, tendo a vítima permanecido alguns dias sequestrada e sob influência de produto estupefaciente e bebidas alcoólicas".
"A vítima apresentava um quadro clínico bastante reservado, tendo permanecido internada em unidade de saúde durante alguns dias", sublinhou.
O Ministério Público realçou ainda que, "realizado o interrogatório e verificado o perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito", o juiz determinou a prisão preventiva do arguido.
Em declarações à agência Lusa, fonte policial revelou que o homem se encontra em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja.
As averiguações no âmbito deste processo prosseguem, sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, com a coadjuvação da GNR.
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